“É que a diferença entre o sector financeiro e o sector industrial é que o primeiro pode ser comparado ao sistema circulatório e o segundo a qualquer um dos nossos membros. Sem sistema circulatório morremos, sem um braço ou uma perna podemos sobreviver. É para isso que se justificam todos os esforços para manter o sangue a circular (neste caso, garantir que os bancos continuam a emprestar dinheiro e a financiar investimentos) e pode ser perigoso insistir na manutenção de um membro gangrenado (como sucede com alguns sectores industriais baseados em modelos de negócio definitivamente ultrapassados.).
Os Estados procuram salvar os bancos para salvar as economias, não para salvar os banqueiros, mesmo que seja fácil e popular dizê-lo. E os Estados não devem tentar, com o dinheiro dos contribuintes, tentar salvar indústrias ou manter postos de trabalho inviáveis, pois isso é tão perigoso como uma gangrena, já que distorce as leis da concorrência e abafa a inovação.”
Editorial do Público de 11122008
Há um erro fundamental neste texto pois podemos sobreviver sem o sector financeiro desde que tenhamos bens e alimento, os quais provém de recursos naturais e não do dinheiro. O dinheiro não pode ser comido nem directamente transformado em bens. Tê-lo, não garante comida no estômago nem vestimentas no armário.
Contudo, o sector financeiro é um sistema nevrálgico no modelo de sociedade que existe nos dias de hoje.
Já agora… Pergunto-me porque é que fácil e popular, os Governos dizerem que estão a ajudar os banqueiros….
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