sábado, abril 20, 2013

Desamparo

As nuvens cobrem o ceu que, de azul, cinzento se torna e, na tentativa de se estenderem ate ao horizonte, sao interrompidas por bravas montanhas que se erguem ate ao ceu.
Do amor que as uniu e que alterou a cor do ceu, ouvem-se agora brigas. Elas chocam umas contra as outras e, raios, a sua zanga transforma a noite em dia, ao longe, ao perto.

Sinto-me desamparado: aquí os relampagos, descarregam a sua vontade onde querem pois nao ha nada que possa guiar a sua vontade.

O meu coracao bate mais forte, as minhas pernas tentam andar mais depressa mas, para que, pergunta a minha cabeca.

Se um raio cair no quarto onde descanso pela noite dentro, tambem a minha energía se descarregara ate a terra. Entao lembro-me do qual vulneravel sou a estas forcas da Natureza e relaxo mas pouco.

Aquelas forcas que do outro lado do oceano me faziam bater o coracao por fascinio e admiracao, agora tornaram-se tenebrosas.

sábado, março 16, 2013

De regresso a terra

ant by tropicaLiving - Jessy Eykendorp
ant, a photo by tropicaLiving - Jessy Eykendorp on Flickr.
Entao ontem cortei as unhas e elas cairam sobre o chao de terra. Passado algum tempo, as mesmas comecaram a deslocar-se e pareciam sabres que tinham ganho vida. Um olhar mais atento revelava que, formigas com metade do tamanho e peso das unhas, as transportavam como se nada fosse.

Sai, fui as compras e voltei.

Procurei por aquilo que uma vez havia sido quem sabe, arroz, feijao, laranja e se tinha transformado numa parte do meu corpo e nao encontrei. As unhas que haviam sido minhas eram, novamente parte da terra, tal como o haviam sido o arroz, o feijao e laranja mas eram agora refens de uma colonia de formigas.