O director geral tem de remunerar os accionistas, porque o accionista que é o dono da empresa, contratou uma equipa de gestão profissional, onde está incluído o director geral, para gerar dinheiro para si. Mas então quem são os donos das empresas de hoje? Quais são os problemas que se levantam decorrentes de não saber quem são os donos das empresas?
Hoje em dia, não há donos de empresas, ou seja os directores gerais trabalham apenas para si próprios e na prática pelas más condutas de uma empresa não há ninguém responsável, pois os directores gerais depois de destruírem seriamente ecossistemas e comunidades, ainda saem das empresas com benefícios surrealmente milionários.
A não existência de donos das empresas prende-se com o facto de que as posições de controlo das empresas são detidas por empresas, que são detidas por empresas e por aí em diante o que faz com que, hoje em dia, não existam accionistas e portanto não há ninguém verdadeiramente interessado no futuro das empresas, uma vez que inclusivamente os gestores só estão interessados pelos no crescimento da mesma nos períodos em que os seus mandatos duram e talvez nem isso pois sabem que se saírem, saem com números compridos nas suas contas bancárias.
Se este conceito não ficou muito claro, então imagine que queria jantar com os donos da Telefónica, ou seja aqueles que tem poder para definir o futuro da Portugal Telecom, ia jantar com os representantes da BlackRock, da Telefonica, do Deutsche Bank, do Barclays e da Telefonica? Representantes não são donos, são representantes, pois os donos não existem e por isso é que, por mais que quiséssemos, actualmente os donos jamais iriam aparecer.
Desta forma vale tudo desde destruir o planeta, destruir comunidades, arrasar com o comércio local, com o único intuito de gerar alguns números para por nos bolsos da gestão actual pois quem é que tem interesse que a empresa, persista no tempo, uma vez que nem aos gestores lhes são atribuídas as responsabilidades devidas, sendo que responsabilidades são atribuídas a algo tão fictício com uma empresa?
Um minuto são 0.06% do teu dia. Se dedicares esse tempo tão reduzido a relembrar um momento com significado do teu dia... Como serão os teu dias?
domingo, agosto 08, 2010
quinta-feira, agosto 05, 2010
Alimentação original precisa-se
Recentemente, vi um restaurante tipicamente conhecido pelos seus bifes introduzir uma opção vegetariana à base de seitan o que, só por si é muito bom pois permite deixar todos satisfeitos.
Esta inovação leva-me a reflectir que, os neo-vegetarianos possam trazer os mesmos erros que uma alimentação não vegetariana já por si tem uma vez que, uma refeição de bife com arroz e batata frita ou salsicha com esparguete, será tão pouco equilibrada substituindo as carnes pelas suas "versões" vegetarianas.
Ambas as refeições estão desequilibrados, e remeto o leitor para uma reflexão séria quer seja vegetariano ou não, sobre o equilíbrio que quer ter no prato, pois é esse equilíbrio que podemos escolher ter à mesa que vai deixar as nossas células saudáveis, uma vez que é o do alimento que entra pela boca que as nossas células, os nossos tecidos, o nosso corpo físico é feito.
Bom apetite!
Esta inovação leva-me a reflectir que, os neo-vegetarianos possam trazer os mesmos erros que uma alimentação não vegetariana já por si tem uma vez que, uma refeição de bife com arroz e batata frita ou salsicha com esparguete, será tão pouco equilibrada substituindo as carnes pelas suas "versões" vegetarianas.
Ambas as refeições estão desequilibrados, e remeto o leitor para uma reflexão séria quer seja vegetariano ou não, sobre o equilíbrio que quer ter no prato, pois é esse equilíbrio que podemos escolher ter à mesa que vai deixar as nossas células saudáveis, uma vez que é o do alimento que entra pela boca que as nossas células, os nossos tecidos, o nosso corpo físico é feito.
Bom apetite!
sexta-feira, julho 30, 2010
Hora de bronze!
Na lista das melhores razões pelas quais vale a pena vir a Portugal, estão o Sol e a longa e bonita costa nacional com a característica diversidade de praias.
É na altura estival que muitos portugueses, aliciados pelas elevadas temperaturas estendem as suas toalhas no areal e se tostam de um lado e do outro produzindo bonitos bronzeados ou então valentes escaldões. Estes últimos resultam apenas do descuido do veraneante, e pode, ser percursor do cancro da pele(1), a qual é uma situação muito delicada e deduzo que, por essa razão, seja aconselhável não estar na praia nas horas de maior calor.
Não obstante, o veraneante que gosta de estar na praia o dia todo pode optar por ser mais cauteloso, por exemplo vestindo-se, molhando-se para baixar a temperatura da pele, enterrando-se na areia ou aproveitando a sombra do chapéu de Sol evitando assim os inconvenientes da excessiva exposição solar.
Portanto, toca a aproveitar a costa portuguesa, reflectindo seriamente sobre as precauções a ter aquando da exposição à deste belo astro nestes irresistíveis dias de Verão!
(1)http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/doencas/doencas+de+pele/cancrodapele.htm
É na altura estival que muitos portugueses, aliciados pelas elevadas temperaturas estendem as suas toalhas no areal e se tostam de um lado e do outro produzindo bonitos bronzeados ou então valentes escaldões. Estes últimos resultam apenas do descuido do veraneante, e pode, ser percursor do cancro da pele(1), a qual é uma situação muito delicada e deduzo que, por essa razão, seja aconselhável não estar na praia nas horas de maior calor.
Não obstante, o veraneante que gosta de estar na praia o dia todo pode optar por ser mais cauteloso, por exemplo vestindo-se, molhando-se para baixar a temperatura da pele, enterrando-se na areia ou aproveitando a sombra do chapéu de Sol evitando assim os inconvenientes da excessiva exposição solar.
Portanto, toca a aproveitar a costa portuguesa, reflectindo seriamente sobre as precauções a ter aquando da exposição à deste belo astro nestes irresistíveis dias de Verão!
(1)http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/doencas/doencas+de+pele/cancrodapele.htm
quarta-feira, julho 28, 2010
Diversidade cultural
Considero que a humanidade tem uma diversidade cultural espectacular e isso inclui nomeadamente a cultura portuguesa, com os seus bailaricos tradicionais, a sua alimentação tradicional, a sua forma de estar em família entre outros. Contudo como é cada vez mais raro, por exemplo ter as três características referidas anteriormente, presentes de forma constante no quotidiano, a “cultura” mainstream que temos é: maioria de músicas ouvidas americanas, maioria de filmes e séries americanas, a língua que nos entretêm é a americana, as pessoas que nos entretêm são as americanas.
Não percebo, por exemplo, porque raramente se ouve português, ou outras línguas pois tenho constatado empiricamente que aquilo que a maioria segue, todos acabam por seguir porque será bom, e isto leva a que cada vez mais as culturas autóctones vão desaparecendo pois o mundo vai girando em torno da “cultura” americana e isto não é que esses filmes e músicas sejam bons, pois embora hajam, também vemos os que não valem um chavo.
Um exemplo muito recente deste tipo de transferência cultural, foi a proposta da criação do feriado do Dia da Família que não é mais que o Boxing Day da cultura anglo-saxónica.
Algo muito bom, seria promover a cultura portuguesa sem deixar de ter exposição à “cultura” americana, mas ter também exposição a outras bonitas culturas mundiais, pela diversidade da Humanidade!
Não percebo, por exemplo, porque raramente se ouve português, ou outras línguas pois tenho constatado empiricamente que aquilo que a maioria segue, todos acabam por seguir porque será bom, e isto leva a que cada vez mais as culturas autóctones vão desaparecendo pois o mundo vai girando em torno da “cultura” americana e isto não é que esses filmes e músicas sejam bons, pois embora hajam, também vemos os que não valem um chavo.
Um exemplo muito recente deste tipo de transferência cultural, foi a proposta da criação do feriado do Dia da Família que não é mais que o Boxing Day da cultura anglo-saxónica.
Algo muito bom, seria promover a cultura portuguesa sem deixar de ter exposição à “cultura” americana, mas ter também exposição a outras bonitas culturas mundiais, pela diversidade da Humanidade!
domingo, julho 25, 2010
Surya namaskar – a saudação ao Sol
Surya namaskar é uma sequência muito conhecida pelos praticantes de yoga a qual trabalha diferentes partes do corpo sendo, por exemplo, muito bom para despertar, pois proporciona os bons alongamentos de bhujangasana e adho mukha svanasana os quais fazem com que consigamos espreguiçar-nos completamente, removendo assim a letargia matinal. Observe-se, por exemplo, um gato ou um cão, quando se levantam da sua sesta.
Embora, tenhamos toda a liberdade para adicionar e reitrar posturas em surya namaskar, a sequência tem 12 posturas, que podemos acompanhar pelo seguinte mantra(1):
1. Om mitráya namah, saudação ao amigo de todos;
2. Om raváye namah, saudação àquele que brilha:
3. Om súryáya namah, saudação àquele que gera actividade;
4. Om bhánave namah, saudação àquele que ilumina;
5. Om khagáya namah, saudação àquele que se move rapidamente no céu;
6. Om pushne namah, saudação àquele que dá força e alimenta;
7. Om hiranyagarbháya namah, saudação àquele do ventre dourado;
8. Om máricháye namah, saudação ao senhor do entardecer;
9. Om ádityáya namah; saudação ao filho de áditi, a mãe cósmica;
10. Om sávitre namah, saudação ao poder estimulante do sol;
11. Om árkáya namah, saudação àquele que é digno de ser reverenciado;
12. Om bháskaráya namah, saudação àquele que leva à iluminação.
As variações mais difundidas desta saudação, são a A e B do Asthanga Vinyasa Yoga, de Pathabi Jois (com saltos) e a variante clássica (sem saltos). Assim temos, do mais fácil para o exigente
Surya namaskar clássico
Surya namaskar A, a qual é exigente para os braços (do Asthanga Vinyasa Yoga)
Surya namaskar B, exigente para braços e pernas (do Asthanga Vinyasa Yoga)
As vantagens desta prática, estudadas cientificamente, prendem-se com a manutenção ou melhoria do desempenho cardiorespiratório e promoção do controlo de peso (2), e já foi considerada também um exercício aeróbico ideal pois Surya Namaskar tem alongamentos estáticos e uma componente dinâmica que é feita de forma lenta, proporcionando assim um nível de stress óptimo para o sistema cardiorespiratório (3)
Nas celebrações do solstício de Verão nos EUA, fazem-se 108 repetições (4) (5), pois este número representa a distância, em diâmetros solares, entre a terra e o Sol (6) e, sobre o seu significado ou sobre o seu simbolismo, especulo eu, que cada sequência seja um passo em direcção ao Sol, que representaria então a iluminação.
Por fim gostaria apenas de ressalvar que em Surya Namaskar A/B é importante ter atenção o estado do tornozelo, para a realização dos saltos e, o importante é praticar!
Embora, tenhamos toda a liberdade para adicionar e reitrar posturas em surya namaskar, a sequência tem 12 posturas, que podemos acompanhar pelo seguinte mantra(1):
1. Om mitráya namah, saudação ao amigo de todos;
2. Om raváye namah, saudação àquele que brilha:
3. Om súryáya namah, saudação àquele que gera actividade;
4. Om bhánave namah, saudação àquele que ilumina;
5. Om khagáya namah, saudação àquele que se move rapidamente no céu;
6. Om pushne namah, saudação àquele que dá força e alimenta;
7. Om hiranyagarbháya namah, saudação àquele do ventre dourado;
8. Om máricháye namah, saudação ao senhor do entardecer;
9. Om ádityáya namah; saudação ao filho de áditi, a mãe cósmica;
10. Om sávitre namah, saudação ao poder estimulante do sol;
11. Om árkáya namah, saudação àquele que é digno de ser reverenciado;
12. Om bháskaráya namah, saudação àquele que leva à iluminação.
As variações mais difundidas desta saudação, são a A e B do Asthanga Vinyasa Yoga, de Pathabi Jois (com saltos) e a variante clássica (sem saltos). Assim temos, do mais fácil para o exigente
Surya namaskar clássico
Surya namaskar A, a qual é exigente para os braços (do Asthanga Vinyasa Yoga)
Surya namaskar B, exigente para braços e pernas (do Asthanga Vinyasa Yoga)
As vantagens desta prática, estudadas cientificamente, prendem-se com a manutenção ou melhoria do desempenho cardiorespiratório e promoção do controlo de peso (2), e já foi considerada também um exercício aeróbico ideal pois Surya Namaskar tem alongamentos estáticos e uma componente dinâmica que é feita de forma lenta, proporcionando assim um nível de stress óptimo para o sistema cardiorespiratório (3)
Nas celebrações do solstício de Verão nos EUA, fazem-se 108 repetições (4) (5), pois este número representa a distância, em diâmetros solares, entre a terra e o Sol (6) e, sobre o seu significado ou sobre o seu simbolismo, especulo eu, que cada sequência seja um passo em direcção ao Sol, que representaria então a iluminação.
Por fim gostaria apenas de ressalvar que em Surya Namaskar A/B é importante ter atenção o estado do tornozelo, para a realização dos saltos e, o importante é praticar!
Fontes:
(1) O mantra foi retirado de http://www.dharmabindu.com/?l=pt&p=pratica&id=335
(2) MODY, Bhavesh Surendra, 2010, Acute effects of Surya Namaskar on the cardiovascular & metabolic system, Journal of Bodywork and Movement Therapies
(3) SINHA B, Ray US, PATHAK A, SELVAMURTHY W, 2004, Energy cost and cardiorespiratory changes during the practice of Surya Namaskar. Indian J Physiol Pharmacol, 48(2):184-90.
(4) http://2ndstartotherightyoga.wordpress.com/2010/06/16/celebrate-summer-solstice-with-sun-salutations/
(5)http://thejoyofyoga.blogspot.com/2010/06/summer-solstice-108-sun-salutations.html
(6) KUPFER, Pedro, 1997, A História do Yoga, 2ª edição, Edições Dharma, pp 85
(1) O mantra foi retirado de http://www.dharmabindu.com/?l=pt&p=pratica&id=335
(2) MODY, Bhavesh Surendra, 2010, Acute effects of Surya Namaskar on the cardiovascular & metabolic system, Journal of Bodywork and Movement Therapies
(3) SINHA B, Ray US, PATHAK A, SELVAMURTHY W, 2004, Energy cost and cardiorespiratory changes during the practice of Surya Namaskar. Indian J Physiol Pharmacol, 48(2):184-90.
(4) http://2ndstartotherightyoga.wordpress.com/2010/06/16/celebrate-summer-solstice-with-sun-salutations/
(5)http://thejoyofyoga.blogspot.com/2010/06/summer-solstice-108-sun-salutations.html
(6) KUPFER, Pedro, 1997, A História do Yoga, 2ª edição, Edições Dharma, pp 85
domingo, julho 11, 2010
Estágio não remunerado
É uma falta de respeito por parte das organizações com fins lucrativos estarem à procura de colaboradores recém-licenciados sem os remunerar, visto que os mesmos acabam por gerar valor para organização.
Completar uma licenciatura é um trabalho exigente e trás muitas aprendizagens não apenas de conhecimento como de interacção com colegas, com professores e com as outras pessoas da faculdade, gera também uma capacidade de reflexão muito interessante e no fim a licenciatura mais do que um mero diploma, é um atestado de pessoa que sabe aprender por si própria. Desta forma o jovem recém-licenciado reúne características tais que o trabalho que executa, gera benefícios económicos e parece-me justo ser remunerada pelo trabalho que faz
Outro dos ultrajes ou da postura que também considero ser uma ofensa para os recém licenciados são os estágios a €400 uma vez que, cada hora de trabalho valem então €2,27 e, tendo em conta que existem trabalhos que não exigem formação superior e cada hora é paga a €5, as empresas que fazem este tipo de oferta, tal como as que propõem estágios não remunerados, são organizações sem vergonha nenhuma.
quarta-feira, julho 07, 2010
A sopa da Ministra da Doença
A proposta da Ministra da Doença, Ana Jorge é de tal forma demagógica que eu considero ser ridícula, pela simples razão que o apelo que ela fez: “é necessário modificar os comportamentos alimentares e de sedentarismo que as pessoas estão a ter em Portugal” ser um tiro no escuro, porque fazem-se este tipo de declarações mas permite-se que a publicidade de alimentos pouco saudáveis seja feita de forma completamente liberal, e portanto é este tipo de comida que as pessoas acabam por se lembrar que existe e esquecem-se do resto
Ligue-se a televisão, o jornal, as revistas, os mupis e atente-se à publicidade que por lá passa. Já alguma vimos campanhas de promoção do consumo de frutas, legumes e sopas de forma duradoura e criativa? E já agora, o fast-food no curto prazo, que é o prazo em que as sociedades ocidentais funcionam, será mesmo mais caro do que fazer sopa em casa?
Fonte: http://economico.sapo.pt/noticias/ana-jorge-apela-aos-portugueses-para-fazerem-sopa-em-casa_93640.html (acedido a 06.07.2010)
Ligue-se a televisão, o jornal, as revistas, os mupis e atente-se à publicidade que por lá passa. Já alguma vimos campanhas de promoção do consumo de frutas, legumes e sopas de forma duradoura e criativa? E já agora, o fast-food no curto prazo, que é o prazo em que as sociedades ocidentais funcionam, será mesmo mais caro do que fazer sopa em casa?
Fonte: http://economico.sapo.pt/noticias/ana-jorge-apela-aos-portugueses-para-fazerem-sopa-em-casa_93640.html (acedido a 06.07.2010)
domingo, julho 04, 2010
Os novos rurais
O êxodo rural, motivado pela árdua vida campestre, foi seduzido pelas promessas de uma vida melhor no seio da cidade, tornando as zonas rurais espaços fantasmas ou então locais muito envelhecidos. No entanto, o que se vê nos dias de hoje é uma árdua vida citadina e os empregos tal como os do campo, são de baixo salário, o tempo escasseia havendo ainda menos do que no campo pois as novas tecnologias permitem tornar as pessoas robots e trabalhar o dia inteiro, com o recurso à Internet e ao telemóvel que tem de estar ligado 24 horas. A acrescer a isto há ainda o stress e a velocidade vertiginosa com que se vive na cidade, o tempo que não há para brincar com as crianças, a desconfiança que se sente em relação a toda a gente.
Assim, agora que a cidade tem o que motivou o êxodo rural, a ruralidade sobressai, pela velocidade do estilo de vida que lhe é característico, pela ausência de stress e de tantos perigos que há na cidade, pela presença permanente da natureza, por se poder contar com as pessoas e, a pouco e pouco, cada vez mais com maior intensidade iremos fazer parte do êxodo urbano!
Se despertar o interesse, dá um pouco da tua atenção ao documentário que passou na RTP:
domingo, junho 27, 2010
Retroreflexões sobre Yoga IV
Os acessórios do yoga
Props, cintos, tapetes e bolsters são acessórios muito utilizados na prática do Yoga. Já me questionei se é correcta a utilização dos mesmos uma vez que os yoguins, quanto muito terão usado um tapete, embora mais largo que os actuais e, o anti-derrapante seria com certeza, diferente dos de hoje em dia se bem que, na verdade, o chão por si só era também diferente.
Acabei por chegar à conclusão que na verdade, os acessórios do yoga, estão perfeitamente adaptados à condição física dos sedentários de hoje em dia e que permite até evitar lesões aos mais atrevidos e que o saco do tapete é essencial pois a prática é para ser feita também em casa e não apenas nas aulas.
Para os mais puristas, que nem tapetes querem, existem os estilosos paws anti-derrapantes para pés e mãos! Mas como é que depois se faz Shavasana e outras posturas no chão?
http://www.yoga-equipment-store.com/index.php
Props, cintos, tapetes e bolsters são acessórios muito utilizados na prática do Yoga. Já me questionei se é correcta a utilização dos mesmos uma vez que os yoguins, quanto muito terão usado um tapete, embora mais largo que os actuais e, o anti-derrapante seria com certeza, diferente dos de hoje em dia se bem que, na verdade, o chão por si só era também diferente.
Acabei por chegar à conclusão que na verdade, os acessórios do yoga, estão perfeitamente adaptados à condição física dos sedentários de hoje em dia e que permite até evitar lesões aos mais atrevidos e que o saco do tapete é essencial pois a prática é para ser feita também em casa e não apenas nas aulas.
Para os mais puristas, que nem tapetes querem, existem os estilosos paws anti-derrapantes para pés e mãos! Mas como é que depois se faz Shavasana e outras posturas no chão?
http://www.yoga-equipment-store.com/index.php
sexta-feira, junho 18, 2010
E continua a viagem.....
Três meses podem passar num instante e, os mesmos três meses, podem demorar mais tempo a passar do que um ano inteiro. A noção do tempo é muito relativa pois quando se está apaixonado, o tempo com a pessoa amada é sempre curto mas, quem espera por um autocarro da Carris, desespera.
Uma viagem feita para um dado lugar do planeta, pode durar simplesmente esse tempo da viagem e, por mais curto que seja esse tempo, essa viagem pode também durar uma vida inteira.
Frequentemente isso acontecerá, porque a viagem marcou a vida da pessoa trazendo aprendizagens de tal forma relevantes que integraram a forma como o viajante encara a vida e, por consequência a viagem está sempre a ser recordada até ao fim da viagem da vida.
Assim é interessante cruzarmo-nos com pessoas que dizem ter feito uma viagem de um mês, quando na verdade parece que essas viagens ainda estão bem longe do seu fim!
Uma viagem feita para um dado lugar do planeta, pode durar simplesmente esse tempo da viagem e, por mais curto que seja esse tempo, essa viagem pode também durar uma vida inteira.
Frequentemente isso acontecerá, porque a viagem marcou a vida da pessoa trazendo aprendizagens de tal forma relevantes que integraram a forma como o viajante encara a vida e, por consequência a viagem está sempre a ser recordada até ao fim da viagem da vida.
Assim é interessante cruzarmo-nos com pessoas que dizem ter feito uma viagem de um mês, quando na verdade parece que essas viagens ainda estão bem longe do seu fim!
sábado, junho 12, 2010
Retroreflexões sobre Yoga III
Savasana – a (díficil) postura do morto
Savasana é, das posturas mais descuradas na prática do yoga. Assumida como de fácil execução, tende a ser esquecida tanto pelo professor, como pelo praticante pois, se por um lado o professor facilmente deixa de sugerir que o praticante se mantenha consciente, por outro é muito comum ouvir uma turma de praticantes a ressonar como uma orquestra sinfónica. No verso 34 do Hatha Yoga Pradipika, Savasana é descrita da seguinte forma:
Deitar no chão, como um defunto, designa-se por Savasana. Esta postura remove a fadiga e dá descanso à mente.
Tudo o resto, como a adição de visualizações e respirações será então adição recente, talvez para facilitar a consciência na postura o que é muito bom mas, devido ao estilo de vida alucinante, é recorrente existirem sempre pessoas a dormir.
Savasana, na minha percepção, é uma postura extraordinária para escutar o corpo e senti-lo relaxar e bem assim, relaxar a mente, fazendo igualmente um esforço para manter a consciência, quer através das visualizações, das respirações e/ou de estar atento às sensações do corpo. E é por isto que Savasana se torna das posturas mais exigentes, porque se em Adho Mukha Svanasana é possível sentir as costas esticar, colocando então aí a nossa atenção, Savasana é das posturas mais complicadas para manter o foco.
Savasana é, das posturas mais descuradas na prática do yoga. Assumida como de fácil execução, tende a ser esquecida tanto pelo professor, como pelo praticante pois, se por um lado o professor facilmente deixa de sugerir que o praticante se mantenha consciente, por outro é muito comum ouvir uma turma de praticantes a ressonar como uma orquestra sinfónica. No verso 34 do Hatha Yoga Pradipika, Savasana é descrita da seguinte forma:
Deitar no chão, como um defunto, designa-se por Savasana. Esta postura remove a fadiga e dá descanso à mente.
Tudo o resto, como a adição de visualizações e respirações será então adição recente, talvez para facilitar a consciência na postura o que é muito bom mas, devido ao estilo de vida alucinante, é recorrente existirem sempre pessoas a dormir.
Savasana, na minha percepção, é uma postura extraordinária para escutar o corpo e senti-lo relaxar e bem assim, relaxar a mente, fazendo igualmente um esforço para manter a consciência, quer através das visualizações, das respirações e/ou de estar atento às sensações do corpo. E é por isto que Savasana se torna das posturas mais exigentes, porque se em Adho Mukha Svanasana é possível sentir as costas esticar, colocando então aí a nossa atenção, Savasana é das posturas mais complicadas para manter o foco.
domingo, maio 23, 2010
Retroreflexões sobre Yoga II
Yoga em busca mesmo de quê? (Parte II)
Para além das asanas, as quais por vezes tenho alguma dificuldade em as chamar assim pois torna-se complicado distingui-las de outros exercícios físicos, surge o yoga como panaceia para o stress da sociedade ocidental para proporcionar tranquilidade, aliviar o stress e reduzir a ansiedade.
A verdade é que funciona, a pessoa pára, respira (que é crucial para que as técnicas funcionem), a prática é adaptada de forma a não ser fisicamente tão exigente e no fim a pessoa adormece na (verdadeiramente difícil) postura shavasana.
Mas o yoga é isto? Por exemplo, não seria mais útil adoptar um estilo de vida menos stressante, em vez de estar constantemente a oscilar entre stress, relaxamento, stress e relaxamento?
Para além das asanas, as quais por vezes tenho alguma dificuldade em as chamar assim pois torna-se complicado distingui-las de outros exercícios físicos, surge o yoga como panaceia para o stress da sociedade ocidental para proporcionar tranquilidade, aliviar o stress e reduzir a ansiedade.
A verdade é que funciona, a pessoa pára, respira (que é crucial para que as técnicas funcionem), a prática é adaptada de forma a não ser fisicamente tão exigente e no fim a pessoa adormece na (verdadeiramente difícil) postura shavasana.
Mas o yoga é isto? Por exemplo, não seria mais útil adoptar um estilo de vida menos stressante, em vez de estar constantemente a oscilar entre stress, relaxamento, stress e relaxamento?
domingo, maio 16, 2010
Retroreflexões sobre Yoga I
Yoga em busca mesmo de quê? (Parte I)
Tenho a ideia de já ter lido em diversos sítios que a difusão do yoga no ocidente está relacionada com a procura que os ocidentais fazem de forma a se encontrarem consigo próprios, de descobrir a espiritualidade ou simplesmente encontrar um rumo para a vida que vá para além da filosofia materialista tão premente no hemisfério norte.
Na verdade, tenho a percepção que a difusão do yoga está bem afastada daquilo que é a sua proposta (o encontro do ser) e que, a sua enorme difusão prende-se com o facto de ser mais uma forma de satisfazer a obsessão pela imagem corporal tão premente no ocidente, até porque a prática mais difundida é a física, as asanas que acabam por serem conhecidas como yoga.
As asanas são uma forma extraordinária de satisfazer as necessidades do mercado ocidental, por diferentes razões: são maravilhosamente belas, as pessoas sentem o corpo quando estão nas posturas, tonificam os músculos e são progressivas, isto é, a prática começa com posturas simples (adaptado portanto a pessoas sedentárias) e, à medida que a prática destas vai sendo melhorada, parte-se para a execução das posturas mais exigentes, ou seja, há um caminho que já está delineado, dando assim um sentimento de segurança que faz com que o praticante acabe por ter incentivo ao sentir o progresso na sua prática.
Mas o yoga é só isto? De facto será isto o yoga? Qual será então a diferença entre asanas e os exercícios de ginásio e fitness?
Tenho a ideia de já ter lido em diversos sítios que a difusão do yoga no ocidente está relacionada com a procura que os ocidentais fazem de forma a se encontrarem consigo próprios, de descobrir a espiritualidade ou simplesmente encontrar um rumo para a vida que vá para além da filosofia materialista tão premente no hemisfério norte.
Na verdade, tenho a percepção que a difusão do yoga está bem afastada daquilo que é a sua proposta (o encontro do ser) e que, a sua enorme difusão prende-se com o facto de ser mais uma forma de satisfazer a obsessão pela imagem corporal tão premente no ocidente, até porque a prática mais difundida é a física, as asanas que acabam por serem conhecidas como yoga.
As asanas são uma forma extraordinária de satisfazer as necessidades do mercado ocidental, por diferentes razões: são maravilhosamente belas, as pessoas sentem o corpo quando estão nas posturas, tonificam os músculos e são progressivas, isto é, a prática começa com posturas simples (adaptado portanto a pessoas sedentárias) e, à medida que a prática destas vai sendo melhorada, parte-se para a execução das posturas mais exigentes, ou seja, há um caminho que já está delineado, dando assim um sentimento de segurança que faz com que o praticante acabe por ter incentivo ao sentir o progresso na sua prática.
Mas o yoga é só isto? De facto será isto o yoga? Qual será então a diferença entre asanas e os exercícios de ginásio e fitness?
domingo, maio 09, 2010
Falta comida no prato
Quando o preço do combustível aumenta, as preocupações limitam-se aos transportes quer seja através do depósito do carro, ou do passe social, só que as implicações do preço do combustível influem nas vidas das pessoas de uma forma muito mais alargada do que o nosso transporte.
Pode-se em boa verdade, dizer que o petróleo foi o motor das sociedades desenvolvidas e continua a ter esse papel como se vê claramente no artigo da wikipédia.
Petroleum is vital to many industries, and is of importance to the maintenance of industrial civilization itself, and thus is a critical concern for many nations. (1)
O petróleo está presente no tubo da pasta de dentes, no saco do supermercado, no plástico do telemóvel, no cartão Multibanco, na garrafa de água, no champô, nos assentos dos automóveis, nos pesticidas dos alimentos. Contudo, o baixo preço a que o petróleo tem sido transaccionado ao longo das últimas décadas, é o que tem possibilitado, asfixiar a agricultura nacional e é por isso, que hoje, é mais barato, comer em Portugal uvas que foram colhidas no Chile, espinafres que voam da Nova Zelândia, bananas que voam do Equador, arroz que voa da Tailândia.
Mas, se o preço do petróleo não baixar vamos comer o quê?
(1) - http://en.wikipedia.org/wiki/Petroleum_industry
Pode-se em boa verdade, dizer que o petróleo foi o motor das sociedades desenvolvidas e continua a ter esse papel como se vê claramente no artigo da wikipédia.
Petroleum is vital to many industries, and is of importance to the maintenance of industrial civilization itself, and thus is a critical concern for many nations. (1)
O petróleo está presente no tubo da pasta de dentes, no saco do supermercado, no plástico do telemóvel, no cartão Multibanco, na garrafa de água, no champô, nos assentos dos automóveis, nos pesticidas dos alimentos. Contudo, o baixo preço a que o petróleo tem sido transaccionado ao longo das últimas décadas, é o que tem possibilitado, asfixiar a agricultura nacional e é por isso, que hoje, é mais barato, comer em Portugal uvas que foram colhidas no Chile, espinafres que voam da Nova Zelândia, bananas que voam do Equador, arroz que voa da Tailândia.
Mas, se o preço do petróleo não baixar vamos comer o quê?
(1) - http://en.wikipedia.org/wiki/Petroleum_industry
segunda-feira, maio 03, 2010
Trilhando um caminho em Yoga
A primeira pedra no caminho do yoga é moksa, um desejo sincero pela liberação.
Depois de desperto este desejo, começa o trabalho, o qual por simplicidade, pode ser feito a partir do que os antepassados deixaram como legado para as gerações vindouras ao invés de criar confusões novas.
Se pegarmos nos Yoga Sutras de Patanjali, no verso 2.29, o primeiro componente do yoga é Yama que poderá ser traduzido como autocontrole. O próprio Yama é composto por cinco componentes sendo o primeiro, Ahimsa. Desta forma, Ahimsa será então o primeiro degrau do caminho do Yoga.
O que Patanjali nos diz sobre Ahimsa, que pode ser traduzido como não violência, é apenas que este é o primeiro passo, e assim, tudo o mais que se diz sobre Ahimsa deriva de interpretações de pessoas com grande capacidade argumentativa ou óptimos escritores cujos textos, na verdade até podem ser úteis para ajudar a acolher Ahimsa.no caminho.
Ahimsa aplicado de forma permanente na vida do caminhante, deriva de uma capacidade de reflexão, implementação e consciência extraordinária que é única e customizada para cada caminhante..
Depois de desperto este desejo, começa o trabalho, o qual por simplicidade, pode ser feito a partir do que os antepassados deixaram como legado para as gerações vindouras ao invés de criar confusões novas.
Se pegarmos nos Yoga Sutras de Patanjali, no verso 2.29, o primeiro componente do yoga é Yama que poderá ser traduzido como autocontrole. O próprio Yama é composto por cinco componentes sendo o primeiro, Ahimsa. Desta forma, Ahimsa será então o primeiro degrau do caminho do Yoga.
O que Patanjali nos diz sobre Ahimsa, que pode ser traduzido como não violência, é apenas que este é o primeiro passo, e assim, tudo o mais que se diz sobre Ahimsa deriva de interpretações de pessoas com grande capacidade argumentativa ou óptimos escritores cujos textos, na verdade até podem ser úteis para ajudar a acolher Ahimsa.no caminho.
Ahimsa aplicado de forma permanente na vida do caminhante, deriva de uma capacidade de reflexão, implementação e consciência extraordinária que é única e customizada para cada caminhante..
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