sexta-feira, julho 07, 2006

Andar de bicicleta

"Andar de bicicleta vai torná-lo mais rico, mais saudável, eventualmente mais magro e, definitivamente, menos imbecil."

Lucy Kellaway, do Financial Times

quinta-feira, julho 06, 2006

Prioridades

Tendo a ideia que é um comportamento socialmente aceite que se deve dar prioridade a grávidas, idosos e crianças de colo.

No outro dia assisti a uma cena em que entrou uma senhora com uma criança e abancou-se. Passado uns minutos chegou um senhor com uma criança e dirigiu-se logo ao balcão tendo sido prontamente atendido.

Bom, isto levantou inúmeras vozes que diziam o seguinte:

- ele não tinha o direito de passar à frente das pessoas
- ele não podia ter passado à frente, porque a outra senhora (com a criança) estava à sua frente
- ele não podia passar à frente porque apenas as grávidas podem usufuir desse direito
- o homem que o atendeu devia vigiar o terreno constantemente para ver se há pessoas "prioritárias"

A outra senhora não se manifestou mas o senhor também não a informou que tinha prioridade. Portanto penso que a culpa é dos dois.

Por outro lado acho que o homem que o atendeu não tem que estar constantemente a vigiar o terreno, se não acaba por fazer nada, que não é para isso que está lá...

sábado, julho 01, 2006

Viva a Selecção!


06.08.06 01 GO PORTUGAL, originally uploaded by Matilde B.

Clientes leais

Se há sítio onde os clientes são mais fiéis é no sector dos serviços. Neste sector é muito interessante observar a actuação da Caixa Geral de Depósitos que se esforça por recrutar clientes universitários, oferecendo condições que só trazem benefícios para quem se torna cliente: isenção de despesas de manutenção, anuidades gratuitas do cartão de débito (que traz uma maré de descontos), um portal para universitários, o CUP, taxas de juro na conta à ordem interessantes... (outros bancos oferecem condições semelhantes, mas ao que me parece é a Caixa que está mais activa nesta área).


Posteriormente muitos universitários, quando saem da universidade não largam o banco e usam-no mesmo que haja condições bem mais interessantes noutros, porque simplesmente não lhes apetece comparar serviços e ver qual o mais vantajoso. Até porque dá muito mais trabalho. Mudar de banco, de companhia de seguros, servidor de Internet, ou outros serviços não é a mesma coisa que mudar de pacote de bolachas...


Para que os clientes fiquem "presos" durante mais tempo alguns bancos estão a delinear estratégias para seduzir um público que é muito importante: as crianças. E como? Essencialmente têm de seduzir os pais, pois são estes que subscrevem as contas para os filhos...


Como os pais são os modelos das crianças, estas irão manter-se leais ao banco durante uma série de anos... até se depararem com a Caixa, na universidade hehehehe

quarta-feira, junho 28, 2006

Greve


M is for Metro
Publicado originalmente por: asvensson.
A razão
Serve o presente para dizer que estou de acordo com a greve que os trabalhadores do Metro(o transporte, não o jornal) fizeram ontem e repetirão amanhã. Ao que os moços afirmam é para que o Estado e administração do Metro cumpram os acordos que fizeram com os trabalhadores.

Penso que sim, que devem lutar pelos direitos.

Consequências
É certo que causaram inúmeros transtornos, e trouxeram mais moedas para alguns bolsos.
Ora veja-se: o povo que à dois anos, saía no Rossio utiliza o Metro para até lá se deslocar e são mesmo muuuuuuuuitas pessoas. Por outro lado o Metro é já um transporte habitual para muitas pessoas, que vêm de Odivelas ou da Amadora que, só por si, representam uma fatia importante dos utentes habituais do Metro.
Por outro lado terá provocado um aumento de emissão de gases de estufa enorme, visto que o tráfego rodoviário era muito intenso...
Entre outras coisas, que de momento não me ocorrem.

O outro lado da moeda é que os taxistas ontem devem ter tido um acréscimo substancial de actividade porque muitas pessoas optaram por apanhar o táxi.

O transporte gratuito, alternativo ao Metro era o autocarro.
Aquilo mais pareciam latas de sardinha ambulantes, tanta era a lotação dos autocarros.
Estive à espera do 49, em Entrecampos que passa pela Assembleia da República e, como iria "ensardinhado", resolvi fazer uso das minhas canetas e utilizei um transporte cada vez menos em voga: os ténis. Sim aqueles acessórios que se põem nos pés e nos protegem das irregularidades do solo. Fiz 4.21 km(estimativa feita através do Google Earth) em 43 minutos que dão uns meros 5.87km/h tendo eu, a esta velocidade maravilhosa chegado antes que o autocarro ao mesmo sítio....
Isto significa que os transportes rodoviários (pelo menos na Av. da República) andavam a uma velocidade bem inferior a 5.87km/h...
Surpreendente!

Regressando
Regressando ao tema em questão(a greve), aos meus olhos, são inúmeras as pessoas que põem as culpas da greve em cima dos trabalhadores. Mas acho isto errado. Errado porque a culpa da situação vem das autoridades responsáveis pelo Metro que não cumprem as suas palavras. Portanto os dedos, as críticas, as bocas, o Latim, o Português deveriam ser direccionadas não aos trabalhadores, mas aos seus chefes... Digo eu...

sábado, junho 24, 2006

Restaurantes Chineses


tea for four
Publicado originalmente por: speedM.
"Uma fiscalização económica deu um mau nome aos restaurantes chineses que estão a perder clientes." Metro de 24.06.2006

Ora aqui está uma questão muito interessante.
Na minha opinião o que aconteceu, foi que os donos dos ditos restaurantes, queriam o lucro fácil e agindo nesse sentido escolhiam os ingredientes que lhes proporcionavam custos mais baixos para satisfazer a clientela que lá se ia abastecer com as iguarias chinesas.
Bom mas pelos vistos a clientela começa também a ter alguma preocupação com a qualidade do que lhe é servida e neste sentido, pelos vistos, muitos deixaram de frequentar as ditas casas.

Daqui demonstra-se que somos nós que fazemos as coisas mudar.
Foi por muitos que deixaram de ir a estes locais, que muitos restaurantes deixaram de abrir portas e, cada um que deixou de ir fez a diferença.

Conclui-se também, que quando é para fazer lucro, é preciso saber o que os clientes querem e satisfazê-los da melhor forma possível, pois sem eles os donos não enchem bolsos... Ou então é preciso saber enganar muito bem, mas note-se que o jogo sujo vem sempre à tona...

sexta-feira, junho 23, 2006

Deputado

Fiquei impressionado pela positiva quando vi um deputado da Assembleia da República a entrar no autocarro. Acho bem. Se eles dizem que são os representantes do povo, então que saibam, que sintam na própria pele o que o povo passa.
Digo isto porque me dá a ideia que eles apenas vêem os seus próprios interesses, ao invés dos interesses do povo, por isso é o mínimo que podem fazer.
O máximo que eles podiam fazer, era representar efectivamente os interesses do povo, e aí penso que sim, que nessa situação eles mereciam ter mais amenidades...

Bom voltando ao deputado, em questão, foi bom, para mim, tê-lo visto a andar de autocarro, mas na face dele, havia uma expressão de zanga, de tristeza, não sei bem, mas que não tinha uma expressão alegre não tinha, e penso que a expressão que levava estampada no rosto, será a expressão normal que arrasta todos os dias...

quinta-feira, junho 15, 2006

Os pensamentos

Os pensamentos surgem-nos sem terem sido convocados e flutam-nos na mente numa constante agitação.



HAWKINS, Bradley K., Budismo, Edições 70, Londres, 1999

sábado, junho 10, 2006

O Navio

Cruise, originally uploaded by Bob Jagendorf.




"O navio é seguro quando está no porto. Mas não é para isso que se fazem navios."



(Autor desconhecido)
+ pensamentos...

sábado, junho 03, 2006

Fruta de beber

Se há produto novo por aí que eu desgosto mesmo mesmo e não se assemelha ao que se pretende parecer, são as frutas de beber.

O Essential
O conceito apareceu em Portugal com o lançamento do Compal Essential à uns meses e já provei o de banana e o de morango (ficou por experimentar o de pêra). Embora aprecie ambas as frutas em estado sólido, o formato em que é apresentado nas prateleiras das zonas refrigeradas é horripilante (não na forma de embalagem, mas no conteúdo). Contudo considero que o anúncio publicitário que promoveu foi simplesmente genial. Já quis transcrever o diálogo que a criança tem com a mãe, mas os eventos que ocorreram entretanto não o proporcionaram.

O Vie
Um produto no mesmo género que está actualmente a ser promovido é o Knorr Vie. Este aqui é portador de um conceito ligeiramente diferente ao anterior pois já mistura vários alimentos. O que eu experimentei foi o de Laranja, Cenoura e Banana, porque a Knorr no outro dia distribuiu amostras do produto à entrada da estação. É de realçar que mesmo que não o fizesse, iria experimentar numa outra ocasião.
Embora seja portador de um conceito ligeiramente diferente, partilha uma mesma característica com o Compal Essential, o sabor, mesmo sendo diferente, é horripilante.

Estratégias
Entre estes dois acho que a Compal sai beneficiada, primeiro porque acho que se associa a Compal a uma marca de sumos e néctares (embora tenha a gama Vegetais Compal), e por isso o lançamento deste produto inovador não é estranho para os consumidores. Já em relação à Knorr penso que está mais associada á confecção de refeições, por isso é estranho aparecer um sumo de uma marca que está (ou pelo menos estava) mais virada para a preparação de refeições.

O segundo aspecto é a embalagem, que marca uma grande diferença. A do Essential é bem mais apelativa do que a da Knorr.

Por fim, no que concerne à promoção, não vi amostras dos “Compais” a serem distribuídos, mas a marca teve um anúncio televisivo 5 estrelas, enquanto que a Knorr distribuiu amostras gratuitas, mas o anúncio não pegou.

Conclusões
Por tudo isto, e embora não goste nem do Compal Essential nem do Knorr Vie, espero que o consumo de fruta seja aumentado, nem que tenha de ser pela via das frutas de beber.

É importante referir que gostos são gostos portanto estes comentários acerca dos sabores são subjectivos, bem como a percepção que tenho das marcas que cito.

segunda-feira, maio 29, 2006

Transportes


Beach Cruiser
Originally uploaded by Mnemonix.

"As pessoas ainda não interiorizaram que o local da bicicleta é na estrada, não no passeio."

Joana Portugal
Massa crítica

sexta-feira, maio 26, 2006

Às compras

Hoje voltei a uma loja de produtos naturais que pratica uns preços simplesmente colossais e daí eu só lhe fazer umas visitas muito esporadicamente. O pior disto tudo é que muitos produtos que estão por lá expostos tem um sabor intragável, e daí eu raramente comprar por lá coisas que não tenha experimentado noutro sítio qualquer...

Bom mas descobri que eles lançaram um cartão cliente que certamente irá armazernar dados sobre as compras das pessoas espero que para proporcionar descontos ou outras promoções...

Continuando nas compras agora numa superfície local que pratica preços banais, assisti a uma grande remodelação. Há uns meses melhoraram a iluminação nas caixas tornando um espaço mais agradável ( e atenção o que mudou foi apenas uma mudança de luzes) agora estão a fazer algo mais inteligente, maximizar o espaço disponível.

É que eles tinham dois estabelecimentos dentro da superfície que por não serem sustentáveis tavam sempre fechados e não serviam rigorosamente pa nada.

Portanto o que eles fizeram agora foi expandir a zona de pagamentos até aí, destruindo essas lojas.

Mas que demorou imenso tempo, ah isso demorou, agora é só aumentar a iluminação ao resto da loja, visto que o problema de nunca terem preços nos produtos já passou, que era um problema imensamente aborrecido ter de estar sempre a ir à caixa perguntar o preço das coisas o que fazia com que eu não levasse muitas coisas...

:D

sábado, maio 20, 2006

Para quedas

Charles Plumb, era piloto de um bombardeiro na guerra do Vietnam. Após muitas missões de combate, o seu avião foi derrubado por um míssil. Plumb saltou de pára-quedas, foi capturado e passou seis anos numa prisão norte-vietnamita. Ao regressar aos Estados Unidos, passou a dar palestras relatando sua odisseia e o que aprendera na prisão.
Certo dia, num restaurante, foi saudado por um homem:
- Olá, você é o Charles Plumb, era piloto no Vietname e foi derrubado, não é?
- Sim, como sabe?, perguntou Plumb.
- Era eu quem dobrava o seu pára-quedas. Parece que funcionou bem, não é verdade?"
Plumb quase se afogou de surpresa e com muita gratidão respondeu:
-Claro que funcionou, caso contrário eu não estaria aqui hoje.
Ao ficar sozinho naquela noite, Plumb não conseguia dormir, pensando e perguntando-se:
- Quantas vezes vi esse homem no porta-aviões e nunca lhe disse Bom Dia? Eu era um piloto arrogante e ele um simples marinheiro.
Pensou também nas horas que o marinheiro passou humildemente no barco enrolando os fios de seda de vários pára-quedas, tendo em suas mãos a vida de alguém que não conhecia. Agora, Plumb inicia suas palestras perguntando à sua platéia:
-Quem dobrou teu pára-quedas hoje?
Todos temos alguém cujo trabalho é importante para que possamos seguir adiante. Precisamos de muitos pára-quedas durante o dia: um físico, um emocional, um mental e até um espiritual. Às vezes, nos desafios que a vida nos apresenta diariamente, perdemos de vista o que é verdadeiramente importante e as pessoas que nos salvam no momento oportuno sem que lhes tenhamos pedido. Deixamos de saudar, de agradecer, de felicitar alguém, ou ainda simplesmente de dizer algo amável. Hoje, esta semana, este ano, cada dia, procura dar-te conta de quem prepara o teu pára-quedas, e agradece-lhe.


Às vezes as coisas mais importantes da vida dependem apenas de acções simples.

Só um telefonema, um sorriso, um agradecimento, um Gosto de Você, um Te Amo.

Obrigado por todos os favores que sem merecer recebi de ti e nunca te agradeci.

domingo, maio 14, 2006

Por que as pessoas gritam?


Just before the storm
Originally uploaded by Wam Mosely.

Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:
- Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?
- Gritamos porque perdemos a calma, disse um deles.
- Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado? Questionou novamente o pensador.
- Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça, retrucou outro discípulo. E o mestre volta a perguntar:
- Então não é possível falar-lhe em voz baixa? Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador. Então ele esclareceu:
- Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecida? O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância. Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Seus corações se entendem. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas. Por fim, o pensador conclui, dizendo:
"Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta"

Mahatma Gandhi

sexta-feira, maio 05, 2006

Energia

Há um senhor que insiste em construir nuclear em Portugal, o mesmo que quer trazer uma refinaria de Petróleo para cá cujo principal mercado dos produtos aí refinados será os EUA.

Ponto 1 não vejo qual a insistência no nuclear visto que as energias verdes ainda não estão exaustivamente exploradas o que contribuiria para uma menor dependência do petróleo. Um dos argumentos que se costuma utilizar é a emissão de gases poluentes para a atmosfera. Bom é verdade que tais gases têm de ser diminuídos. Contudo uma enorme parte destas emissões poderia ser reduzida recorrendo à utilização e incentivo de veículos movidos a energia verde, e esta tecnologia existe, mas não é aproveitada. Também o potencial das energias renováveis no nosso pequeno país não é aproveitado. Mais, a badalada central nuclear traria uns 1700MW de energia enquanto que hoje vi uma notícia que disse que a energia do mar poderia trazer 5GW de energia (que é substancialmente maior que 1700 MW).Sim, talvez seja verdade que as energias renováveis fiquem mais caras para o consumidor, mas porque é que não apostam na inovação de forma a exportar essa tecnologia para o exterior e assim trazer mais rentabilidade numa área onde Portugal tem enormes vantagens competitivas e ficará assim tão mais caro?, afinal a factura petrolífera aumenta a olhos vistos e a dependência em relação ao exterior não é propriamente pequena…

Ponto 2 Qual o sentido de um país vender matéria-prima bruta para um outro transformar? Porque não transformar na origem e rentabilizar o valor da matéria-prima? Seria bem mais interessante...