sábado, setembro 24, 2011

112 – Casos reais de problemas com o INEM – caso 1

Heli do INEM by TomasARmartins
Heli do INEM, a photo by TomasARmartins on Flickr.
Telefona-se para o 112… ouve-se o sinal de chamada toca, toca ninguém atende (são nove da manhã)
Nova tentativa, diz-se que está uma jovem a perder os sentidos na estação de Sete Rios, Lisboa:
Em que freguesia? – pergunta o operador
* Sete Rios, em Lisboa é das estações mais movimentadas do país: por lá circulam comboios da linha de Sintra, da Azambuja, do Eixo Norte-Sul, de longa distância, tem o terminal de autocarros de Lisboa e também ligação à linha de metro mais extensa do país
Mais: telefonaram duas pessoas para a emergência e… há um centro de saúde mesmo à saída da estação

2 comentários:

Alfredo Leal disse...

O desconhecimento sobre o funcionamento do Sistema Integrado de Emergência Médica e o Número Europeu de Socorro 112 está bem patente neste artigo.

1º - Quem atende as chamadas 112 são as centrais de emergência da PSP e não o INEM.
2 - As chamadas de emergência médica são triadas por um dos 4 CODU nacionais (Lisboa, Porto, Coimbra e Faro). Sem a informação relativa à freguesia (neste caso São Domingos de Benfica), será difícil para o operador enviar o meio mais adequado para o local (e não necessariamente uma ambulância).
3 - Os centros de saúde, se não forem Serviços de Urgência Básica, não são serviços de urgência. O Centro de Saúde de Sete-Rios é um exemplo dessa situação.

Se esta jovem não for socorrida de forma eficaz, deve-se certamente ao contactantes e não ao sistema.

Ver mais em: http://www.inem.pt/inemtv

AmendoaZ disse...

Caro Alfredo,

Obrigado pelo esclarecimento.
Gostaria de realçar o seguinte: a minha percepção é que apenas uma fracção mínima dos portugueses sabe como funciona o Sistema Integrado de Emergência Médica e o Número Europeu de Socorro e isto é porque essa informação não chega à população de forma adequada e portanto que este artigo, pelo menos funcione para chamar a atenção para o desconhecimento sobre o assunto.


1 – Se ao telefonar para o 112, não há um operador que atenda a chamada - deve-se ao sistema
2 – Se o operador não sabe onde fica Sete Rios, é um problema de cultura geral quase tão grave como não saber que o Parque das Nações fica em Lisboa – deve-se ao sistema. O “contactante” não ter percepção da importância de proporcionar uma informação tão simples – deve-se mais uma vez ao sistema
3 – Ser ou não um serviço de urgência – que relevância é que isso tem? Não haverão lá pessoas com capacidade para acudir numa situação deste género? – deve-se ao sistema e é tão grave como se estivesse um médico ou um enfermeiro entre os passageiros e não tivesse prestado a devida assistência.

No caso em apreço, deve-se ao sistema.