China Keitetsi, foi criança-soldado, uma realidade que continua a existir nos dias em que vivemos (1) e esteve em Lisboa no ISCSP, dia 19, para partilhar o seu testemunho e despertar consciências a convite da Amnistia Internacional.
China foi criança com uma arma permanentemente debaixo do braço. O sorriso e o reconhecimento vinham dos seus superiores, quando China e os seus companheiros, de quatro e cinco anos, seguiam quaisquer que fossem as ordens dadas pelos seus superiores.
Contudo, naquele meio não haviam crianças, não haviam rapazes nem raparigas, ali eram todos soldados e, como todos os soldados, por vezes a pressão é tanta que algumas crianças acabavam a sua própria vida, outras partiam para a droga, algumas eram emboscadas e tantas são as que ainda morrem em combates.
Para China, foi um choque quando deixou o continente Africano e aterrou na Dinamarca onde, adultos de sessenta anos ainda convivem com a família pois, quando China se libertou, descobriu que o pai morrera, a mãe morrera e os irmãos também.
Mas era assim, como na Dinamarca onde todas as crianças crescem com o amor dos pais, onde as crianças vivem a sua infância sem medo, sem terror que todas as crianças deviam crescer.
(1) http://en.wikipedia.org/wiki/Military_use_of_children
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