Em Portugal, na interacção entre as pessoas, por vezes diz-se que amanhã eu telefonarei. Este amanhã é uma esperança, algo vago e não concreto. Poderá acontecer ou não mas, na verdade não tem grande importância.
Estivéssemos nós numa cultura alemã ou estadounidense as seguintes questões eram prontamente colocadas: quando? a que horas?
Portanto daqui se conclui que aos portugueses ainda lhes falta alguma precisão e objectividade (o que por vezes pode causar algum aborrecimento).
Um minuto são 0.06% do teu dia. Se dedicares esse tempo tão reduzido a relembrar um momento com significado do teu dia... Como serão os teu dias?
domingo, novembro 30, 2008
Prisão de expressão
Fui a uma conferência pública internacional sobre o ensino da matemática e no fim das comunicações e das mesas redondas, a audiência tinha a oportunidade de interagir com os especialistas.
Supostamente a audiência utilizaria a oportunidade de colocar questões aos especialistas de forma a criar um debate proveitoso com conclusões fundamentadas. Contudo, desde cedo que se tornou evidente que o público não estava interessado em colocar questões mas sim em expressar opiniões pessoais sobre os tópicos abordados.
Para mim isto é uma evidência que as pessoas não têm espaço e oportunidade para expressar as suas opiniões de forma a criar uma opinião mais fundamentada e sentirem-se aceites e ainda mais pertinente de as por em prática na sua própria comunidade. Se tal acontecesse, na conferência, a audiência teria colocado questões relevantes ao invés de se socorrerem dessa oportunidade de forma a expressar opiniões pessoais.
Isto é de extrema importância pois implica uma falsa liberdade, uma prisão de expressão, na qual as pessoas têm medo de expressar as suas visões sentindo-se oprimidas.
Supostamente a audiência utilizaria a oportunidade de colocar questões aos especialistas de forma a criar um debate proveitoso com conclusões fundamentadas. Contudo, desde cedo que se tornou evidente que o público não estava interessado em colocar questões mas sim em expressar opiniões pessoais sobre os tópicos abordados.
Para mim isto é uma evidência que as pessoas não têm espaço e oportunidade para expressar as suas opiniões de forma a criar uma opinião mais fundamentada e sentirem-se aceites e ainda mais pertinente de as por em prática na sua própria comunidade. Se tal acontecesse, na conferência, a audiência teria colocado questões relevantes ao invés de se socorrerem dessa oportunidade de forma a expressar opiniões pessoais.
Isto é de extrema importância pois implica uma falsa liberdade, uma prisão de expressão, na qual as pessoas têm medo de expressar as suas visões sentindo-se oprimidas.
sábado, novembro 29, 2008
A luz ao fundo do túnel
Quando os passageiros chegam a uma plataforma de comboio/metro ou a uma paragem de eléctrico/autocarro, tomam duas acções:
1- Verificam se o transporte está a vir
2- Constatam qual o tempo restante para o transporte chegar
Em casos muito raros, os passageiros poderiam utilizar o tempo restante para comprar algo para consumo (tipicamente jornais, revistas, alimentos ou bebidas) em estabelecimentos ao invés de recorrer às máquinas de venda. Desta forma, as acções 1 e 2 são desnecessárias e uma perda de energia pois os passageiros não têm outra alternativa a não ser aguardar, independentemente do tempo que o transporte demore ou de um eventual atraso por parte do passageiro. Este conhecimento [do tempo restante] não fará o transporte andar mais depressa, embora proporcione um descanso psicológico muito grande.
Ao invés de procurar a luz ao fundo do túnel, os passageiros poderiam apreciar a beleza presente nas redondezas ao invés de ficarem mais tensos.
terça-feira, novembro 04, 2008
Desempregados sector tecnológico
Cauas da nacionalização do BPN
Um pequeno banco português foi nacionalizado no último domingo e, embora tenha seja um assunto muito falado foi difícil encontrar as razões inerentes. Muito do que se escreveu está relacionado com a protecção dos clientes, a falha da supervisão, que algumas irregularidades já eram conhecidas desde 2007, sobre a próxima equipa de gestão e que este evento não está muito relacionado com a crise financeira internacional [1]
As causas que encontrei são as seguintes:
Créditos e activos ausentes da contabilidade [2]
A aquisição do Banco Insular que tornou o BPN responsável por operações de crédito do Insular [3]
Perdas de €700.000 [4]
Relações financeiras obscuras com accionistas [5]
Não divulgação da estrutura accionista [6]
Três mudanças nas equipas de auditoria que apresentavam reservas às contas do banco [7]
É de realçar que este evento foi noticiado por agências internacionais como o FT e a Bloomberg.
Contudo, eu continuo sem saber o que são relações financeiras obscuras e acredito que as verdadeiras razões para esta falência dificilmente virão a público.
[1,2] – Diario Economico 03.11.2008
[3] – Jornal de Notícias On-Line 04.11.2008 Fonte
[4] – Diario Economico 03.11.2008
[5,6,7] – Publico On-Line 03.11.2008 Fonte
As causas que encontrei são as seguintes:
Créditos e activos ausentes da contabilidade [2]
A aquisição do Banco Insular que tornou o BPN responsável por operações de crédito do Insular [3]
Perdas de €700.000 [4]
Relações financeiras obscuras com accionistas [5]
Não divulgação da estrutura accionista [6]
Três mudanças nas equipas de auditoria que apresentavam reservas às contas do banco [7]
É de realçar que este evento foi noticiado por agências internacionais como o FT e a Bloomberg.
Contudo, eu continuo sem saber o que são relações financeiras obscuras e acredito que as verdadeiras razões para esta falência dificilmente virão a público.
[1,2] – Diario Economico 03.11.2008
[3] – Jornal de Notícias On-Line 04.11.2008 Fonte
[4] – Diario Economico 03.11.2008
[5,6,7] – Publico On-Line 03.11.2008 Fonte
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