terça-feira, janeiro 15, 2008

Amando as crianças

Leio no El País um artigo sobre ‘Leer com niños’ do filósofo espanhol Santiago Alba Rico. Segundo conta o autor do livro, num dia de berraria da criança, decidiu começar a ler em voz alta a Divina Comédia de Dante, enquanto passeava com o bebé de um lado para o outro. A leitura deve um efeito ansiolítico imediato. O pai adoptou este esquema calmante para o segundo filho também com os melhores resultados. Quando o livro chegou ao fim, passou para os mitos gregos, os livros de Carson McCullers e, finalmente, Kafka. Ora esta ideia contradiz a da maioria que se apoia na televisão como a melhor amiga das famílias. A teoria de que as crianças devem ser distraídas e entretidas tem todo o meu apoio. Mas não por uma tecnologia que promove a preguiça de relacionamento e que a longo prazo destrói a capacidade de crítica e raciocínio. A televisão serve para infantilizar os adultos, não para amadurecer as crianças. Em vez de pôr o bebé de meses à frente do Baby Channel, leia-lhe um livro. Além de ser um método eficaz para tranquilizar o infante, quem sabe se não induz o gosto pela leitura?

Quevedo, Carla Hilário, «Os benefícios da leitura em voz alta», Revista Tabu (do Jornal Sol), 12.1.2008, p. 82

Muitas crianças estão por aí porque aparecem, assim, por acaso trazidas pela cegonha – whoops foi um descuido, um acidente… A criança é um acidente??? A criança é uma fonte de amor! Uma fonte de alegria, de energia!
Existem outras crianças estão por aí porque muita gente tem crianças, e então, como factor de inclusão, fazem-se crianças.
Mas, também as há, as crianças feitas com amor, as crianças que vêm porque os pais querem ser pais.
Bom mas o que acontece com os acidentes é que as crianças não crescem com as referências apropriadas, são deixadas para elas próprias irem trilhando o seu caminho e então põe-se uma chucha quando o bebé chora para se calar ao invés de o tentar compreender, entretêmo-los dando-lhes brinquedos ao invés de fazer brincadeiras com eles, ou então mais simples hipnotizamo-los com a caixinha que mudou o mundo…

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