Um minuto são 0.06% do teu dia. Se dedicares esse tempo tão reduzido a relembrar um momento com significado do teu dia... Como serão os teu dias?
quarta-feira, janeiro 24, 2007
sexta-feira, janeiro 19, 2007
Eram o próprio azeite
"É difícil explicar-te. Ainda ontem estive no lagar de azeite. Os lagareiros tinham os fatos ensebados de óleo negro. E as mãos. E a cara. Tinham a cor do azeite velho e rançoso. Eram o próprio azeite. E eu achei-os extraordinários. Digo-te isto por muitas razões."
FERREIRA, Vergílio - Aparição - Bertrand Editora, Lisboa, 2000
FERREIRA, Vergílio - Aparição - Bertrand Editora, Lisboa, 2000
quarta-feira, janeiro 17, 2007
Sabias que...
... em pelo menos um estado dos EUA se os pais fizerem o tratamento de uma doença grave dos seus filhos numa clínica de tratamento natural, podem ser presos?
domingo, janeiro 14, 2007
Sabias que...
...nos EUA e na Inglaterra se um médico aconselhar um paciente a deixar de comer de carne, esse médico pode perder a sua licença?
sexta-feira, janeiro 12, 2007
O curso
"- Ouça, Alberto: o curso não me entretinha senão mais três anos. E, de resto, eu não quero entreter-me...
- Decerto - concordei. - Mas o curso não era para entreter, era para lhe firmar uma... uma consciência. Sem dúvida, num curso pouco se aprende. Mas dá-nos pontos de referência, talvez nos dê uma certa forma de responsabilidade."
FERREIRA, Vergílio - Aparição - Bertrand Editora, Lisboa, 2000
- Decerto - concordei. - Mas o curso não era para entreter, era para lhe firmar uma... uma consciência. Sem dúvida, num curso pouco se aprende. Mas dá-nos pontos de referência, talvez nos dê uma certa forma de responsabilidade."
FERREIRA, Vergílio - Aparição - Bertrand Editora, Lisboa, 2000
terça-feira, janeiro 09, 2007
Nataraj
A representação de Shiva dançarino é designada por Nataraj, o qual realiza a dança Anandatandava que significa a dança da bem-aventurança.
A palavra Nataraj significa o Rei dos Dançarinos, que se decompõe em nata que significa dança e raja que significa Rei.
Esta representação da riqueza e diversidade cultural indiana foi desenvolvida na Índia por artistas do século IX e X durante o período Chola que resultou em belíssimas esculturas feitas em bronze.
Nataraj é uma alegoria da manifestação dos cincos princípios da energia eterna – criação, destruição, preservação, salvação e a ilusão.
As figuras de Nataraj apresentam-se com quatro braços, os quais representam as quatro pontos cardeais, simbolizando assim, a omnipresença de Shiva.
O círculo exterior ornamentado com chamas representam o Universo, com todas as suas ilusões, sofrimento e dor e, o círculo interior simboliza a água dos oceanos.
O seu cabelo está repartido nos seguintes elementos:
Quarto crescente – mantém viva a deusa nocturna do amor, Kama
Caveira – representa a conquista sobre a morte
Rio – que aflui no seu cabelo, é o rio Ganges que corria no Paraíso. Quando este rio foi necessário na Terra, a deusa Ganga temeu que a sua chegada fosse demasiado forte para a Terra e sendo assim, Shiva concordou que iria quebrar esta força poderosa apanhado a Deusa no seu cabelo, no seu caminho para os Himalaias.
As suas mãos têm também um significado particular que é o seguinte:
Mão superior direita - O tambor significa o som da criação,
Mão inferior direita - O gesto (Abhaya mudra) significa “Não tenhas medo”, pois àqueles que seguem o caminho de Dharma, é concedida protecção contra as forças negativas e a ignorância
Mão superior esquerda - A chama(Agni) representa a destruição
Mão inferior esquerda - O gesto na direcção do pé direito simboliza a elevação e a salvação
A personagem por baixo dos pés de Shiva é o corpo do anão Apasmara Purusha, o anão da ignorância, que simboliza a inércia dos seres humanos, a ignorância que tem de ser ultrapassada, a qual Shiva derrota, com o pé direito, possibilitando o nascimento do conhecimento. O pé esquerdo é a garantia da bem-aventurança eterna.
Commerswamy, afirma que a dança representa as cinco actividades de Shiva:
Shrishti – criação, evolução (mão direita superior)
Sthiti – preservação (mão direita inferior)
Samhara – destruição (mão esquerda superior)
Tirobhava – ilusão (o anão)
Anugraha – liberação (a mão direita inferior e o pé esquerdo)
Por fim, a serpente em torno da sua cintura representa o kundalinii
Uma metáfora científica
Fritzof Capra em Tão of Physics relaciona a dança de Nataraj com a física moderna. Capra afirma que “cada partícula sub atómica, executa não só uma dança energética, mas é também essa própria dança, um processo de criação e destruição constante, sem fim. Para os físicos modernos, a dança de Shiva é a dança da matéria sub atómica, tal como na mitologia Hindu é uma dança contínua da criação e destruição envolvendo todo o Cosmos, a base de toda a existência e dos fenómenos naturais.
A fonte de todo o movimento,
A dança de Shiva,
Dá ritmo ao universo.
Ele dança em locais malévolos,
Nos sagrados
Ele cria a preserva
Destrói e cria.
Nós somos parte desta dança
Deste ritmo eterno
E avisa-nos, se cegos
Pelas ilusões
Nos desapegarmos
Do cosmos dançante
Desta harmonia universal…
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaRuth Peel
A lenda
Numa densa floresta no Sul da Índia, viviam inúmeros sábios heréticos. Estes provocaram Shiva, o qual estava acompanhado por Visnhu que estava disfarçada, para se revelar diante deles. No inicio houve uma disputa violenta entre os sábios, mas a sua fúria depressa se direccionou para Shiva querendo os sábios destruí-lo através de vários encantamentos. Um tigre feroz surgiu no fogo sacrificatório que se dirigiu rapidamente para ele, sorrindo, Shiva afastou-o e, com a unha do seu pequeno dedo, retirou-lhe a pele e envolveu-a à sua volta como um tecido de seda. Não movidos pela sua infrutífera acção, os sábios refizeram as suas ofertas e produziram uma serpente monstruosa tendo Shiva agarrado-a e colocado à sua volta como uma guirlanda. Após isto, Shiva começou a dançar mas, um último monstro na forma de um anão maligno correu para Shiva. Sobre este anão, Shiva com o seu pé, partiu a sua coluna de forma a este se contorcer no chão de dor, obrigando o seu último inimigo a prostrar-se perante si. Desta forma, Shiva, continou a sua dança.
A palavra Nataraj significa o Rei dos Dançarinos, que se decompõe em nata que significa dança e raja que significa Rei.
Esta representação da riqueza e diversidade cultural indiana foi desenvolvida na Índia por artistas do século IX e X durante o período Chola que resultou em belíssimas esculturas feitas em bronze.
Nataraj é uma alegoria da manifestação dos cincos princípios da energia eterna – criação, destruição, preservação, salvação e a ilusão.
As figuras de Nataraj apresentam-se com quatro braços, os quais representam as quatro pontos cardeais, simbolizando assim, a omnipresença de Shiva.
O círculo exterior ornamentado com chamas representam o Universo, com todas as suas ilusões, sofrimento e dor e, o círculo interior simboliza a água dos oceanos.
O seu cabelo está repartido nos seguintes elementos:
Quarto crescente – mantém viva a deusa nocturna do amor, Kama
Caveira – representa a conquista sobre a morte
Rio – que aflui no seu cabelo, é o rio Ganges que corria no Paraíso. Quando este rio foi necessário na Terra, a deusa Ganga temeu que a sua chegada fosse demasiado forte para a Terra e sendo assim, Shiva concordou que iria quebrar esta força poderosa apanhado a Deusa no seu cabelo, no seu caminho para os Himalaias.
As suas mãos têm também um significado particular que é o seguinte:
Mão superior direita - O tambor significa o som da criação,
Mão inferior direita - O gesto (Abhaya mudra) significa “Não tenhas medo”, pois àqueles que seguem o caminho de Dharma, é concedida protecção contra as forças negativas e a ignorância
Mão superior esquerda - A chama(Agni) representa a destruição
Mão inferior esquerda - O gesto na direcção do pé direito simboliza a elevação e a salvação
A personagem por baixo dos pés de Shiva é o corpo do anão Apasmara Purusha, o anão da ignorância, que simboliza a inércia dos seres humanos, a ignorância que tem de ser ultrapassada, a qual Shiva derrota, com o pé direito, possibilitando o nascimento do conhecimento. O pé esquerdo é a garantia da bem-aventurança eterna.
Commerswamy, afirma que a dança representa as cinco actividades de Shiva:
Shrishti – criação, evolução (mão direita superior)
Sthiti – preservação (mão direita inferior)
Samhara – destruição (mão esquerda superior)
Tirobhava – ilusão (o anão)
Anugraha – liberação (a mão direita inferior e o pé esquerdo)
Por fim, a serpente em torno da sua cintura representa o kundalinii
Uma metáfora científica
Fritzof Capra em Tão of Physics relaciona a dança de Nataraj com a física moderna. Capra afirma que “cada partícula sub atómica, executa não só uma dança energética, mas é também essa própria dança, um processo de criação e destruição constante, sem fim. Para os físicos modernos, a dança de Shiva é a dança da matéria sub atómica, tal como na mitologia Hindu é uma dança contínua da criação e destruição envolvendo todo o Cosmos, a base de toda a existência e dos fenómenos naturais.
A fonte de todo o movimento,
A dança de Shiva,
Dá ritmo ao universo.
Ele dança em locais malévolos,
Nos sagrados
Ele cria a preserva
Destrói e cria.
Nós somos parte desta dança
Deste ritmo eterno
E avisa-nos, se cegos
Pelas ilusões
Nos desapegarmos
Do cosmos dançante
Desta harmonia universal…
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaRuth Peel
A lenda
Numa densa floresta no Sul da Índia, viviam inúmeros sábios heréticos. Estes provocaram Shiva, o qual estava acompanhado por Visnhu que estava disfarçada, para se revelar diante deles. No inicio houve uma disputa violenta entre os sábios, mas a sua fúria depressa se direccionou para Shiva querendo os sábios destruí-lo através de vários encantamentos. Um tigre feroz surgiu no fogo sacrificatório que se dirigiu rapidamente para ele, sorrindo, Shiva afastou-o e, com a unha do seu pequeno dedo, retirou-lhe a pele e envolveu-a à sua volta como um tecido de seda. Não movidos pela sua infrutífera acção, os sábios refizeram as suas ofertas e produziram uma serpente monstruosa tendo Shiva agarrado-a e colocado à sua volta como uma guirlanda. Após isto, Shiva começou a dançar mas, um último monstro na forma de um anão maligno correu para Shiva. Sobre este anão, Shiva com o seu pé, partiu a sua coluna de forma a este se contorcer no chão de dor, obrigando o seu último inimigo a prostrar-se perante si. Desta forma, Shiva, continou a sua dança.
Bibliografia
terça-feira, dezembro 26, 2006
sexta-feira, dezembro 22, 2006
quarta-feira, dezembro 20, 2006
Palavras
"- Bem... É assim: a gente diz, por exemplo, pedra, madeira, estrelas ou qualquer coisa assim. E repete: pedra, pedra, pedra. Muitas vezes. E depois, pedra já não quer dizer nada.
Como Carolino? Sabes então já a fragilidade das palavras, acaso o milagre de um encontro através delas connosco e com os outros? E saberás o que há em ti, o que te vive, e as palavras ignoram?"
Como Carolino? Sabes então já a fragilidade das palavras, acaso o milagre de um encontro através delas connosco e com os outros? E saberás o que há em ti, o que te vive, e as palavras ignoram?"
FERREIRA, Vergílio - Aparição - Bertrand Editora, Lisboa, 1994
terça-feira, dezembro 19, 2006
domingo, dezembro 10, 2006
sexta-feira, dezembro 08, 2006
Tandava
A mente tem duas qualidades principais: o pensamento e a retenção as quais se deterioram na ausência de exercício apropriado para determinadas glândulas e não há nenhum processo para as restaurar. Contudo, uma dança inventada por Shiva à cerca de 7000 anos tem um efeito terapêutico na quase totalidade do corpo e é a única dança que exercita não só o cérebro mas também as células nervosas.
Esta dança denomina-se Tandava que provém de tandu, que em Sânscrito significa salto. O Tandava proporciona um ajustamento harmonioso entre chanda [ritmo], mudra[gestos simbólicos] e as glândulas, exercitando-as, desenvolvendo não só a coragem como algumas características masculinas.
O efeito do Tandava é tanto maior, quanto mais alto se elevar o joelho e mais tempo se permanecer a dançar tendo, assim, a seguinte classificação:
Brahmatandava, quando o joelho é elevado acima da área do umbigo
Visnutandava, quando o joelho é elevado acima da área do coração
Rudratandava, quando o joelho é elevado acima da área da garganta
Devido ao seu profundo efeito nas glândulas linfáticas, provocando o desenvolvimento das características masculinas, não é uma dança para ser praticada pelas senhoras, as quais em alternativa podem praticar uma dança designada de Kaoshikii que tem os efeitos do Tandava, excepto a profunda estimulação das glândulas linfáticas, não promovendo o desenvolvimento das características masculinas.
Os homens devem praticar esta dança duas vezes por dia, por tanto tempo quanto desejarem.
Para além do aspecto físico desta dança, existe também um simbolismo a ela associado. O Tandava expressa o espírito de força e vigor, representando a luta eterna, pela sobrevivência, a luta para a manutenção da existência.
Na mão esquerda segura-se, durante o dia, uma serpente ou uma caveira, e à noite uma tocha ou um damaru(um pequeno tambor), que representam a morte, na mão direita segura-se um punhal, uma faca ou um tridente que representam o espírito de luta contra a morte.
Portanto o espírito do Tandava é
“Eu não me vou entregar à destruição ou à morte, irei continuar a lutar com este punhal.”
Esta dança denomina-se Tandava que provém de tandu, que em Sânscrito significa salto. O Tandava proporciona um ajustamento harmonioso entre chanda [ritmo], mudra[gestos simbólicos] e as glândulas, exercitando-as, desenvolvendo não só a coragem como algumas características masculinas.
O efeito do Tandava é tanto maior, quanto mais alto se elevar o joelho e mais tempo se permanecer a dançar tendo, assim, a seguinte classificação:
Brahmatandava, quando o joelho é elevado acima da área do umbigo
Visnutandava, quando o joelho é elevado acima da área do coração
Rudratandava, quando o joelho é elevado acima da área da garganta
Devido ao seu profundo efeito nas glândulas linfáticas, provocando o desenvolvimento das características masculinas, não é uma dança para ser praticada pelas senhoras, as quais em alternativa podem praticar uma dança designada de Kaoshikii que tem os efeitos do Tandava, excepto a profunda estimulação das glândulas linfáticas, não promovendo o desenvolvimento das características masculinas.
Os homens devem praticar esta dança duas vezes por dia, por tanto tempo quanto desejarem.
Para além do aspecto físico desta dança, existe também um simbolismo a ela associado. O Tandava expressa o espírito de força e vigor, representando a luta eterna, pela sobrevivência, a luta para a manutenção da existência.
Na mão esquerda segura-se, durante o dia, uma serpente ou uma caveira, e à noite uma tocha ou um damaru(um pequeno tambor), que representam a morte, na mão direita segura-se um punhal, uma faca ou um tridente que representam o espírito de luta contra a morte.
Portanto o espírito do Tandava é
“Eu não me vou entregar à destruição ou à morte, irei continuar a lutar com este punhal.”
Bibliografia
SARKAR, Prabhat Rainjan; A Few Problems Solved Part 6; Ananda Marga Publications
SARKAR, Prabhat Rainjan; Ananda Vacanmrtam Part 5; Ananda Marga Publications
SARKAR, Prabhat Rainjan; Ananda Vacanmrtam Part 6; Ananda Marga Publications
SARKAR, Prabhat Rainjan; Problems Solved Part 3; Ananda Marga Publications
SARKAR, Prabhat Rainjan; Namah Shiváya Shántáya; Ananda Marga Publications
SARKAR, Prabhat Rainjan; The Awakening of Woman; Ananda Marga Publications
sábado, dezembro 02, 2006
domingo, novembro 12, 2006
Em África
Numa expedição, um cachorrinho entretém-se a caçar borboletas e quando dá conta já está muito longe do grupo do safari.
Nisto, vê bem perto uma pantera a correr na sua direcção. Ao
aperceber-se de que a pantera o vai devorar, pensa rapidamente no que fazer. Vê uns ossos e um animal morto e põe-se a mordê-los. Então, quando a pantera está quase a
atacá-lo, o cachorrinho diz:
"Ah, esta pantera que acabo de comer estava mesmo deliciosa!"
A pantera pára bruscamente e desaparece apavorada pensando:
Nisto, vê bem perto uma pantera a correr na sua direcção. Ao
aperceber-se de que a pantera o vai devorar, pensa rapidamente no que fazer. Vê uns ossos e um animal morto e põe-se a mordê-los. Então, quando a pantera está quase a
atacá-lo, o cachorrinho diz:
"Ah, esta pantera que acabo de comer estava mesmo deliciosa!"
A pantera pára bruscamente e desaparece apavorada pensando:
sexta-feira, novembro 03, 2006
Hoje é o Dia Mundial contra a Shell
Dia Mundial contra a Shell
Ken Saro-Wiwa foi um escritor, poeta e produtor de televisão na Nigéria.
Quando assumiu funções de presidente do Movimento para a Sobrevivência do Povo Ogoni (MOSOP), uma das etnias que vivem no delta no rio Níger, Wiwa lutou pela defesa dos direitos dos 550 mil habitantes da região.
Um projecto de extracção de petróleo da Shell, implantado no país em 1958, destruiu os meios de sobrevivência deste povo indígena.
Saro-Wiwa juntou 300 mil pessoas numa marcha de protesto, exigindo à Shell o pagamento de indemnizações e a reparação dos danos ambientais causados. No ano seguinte, o líder do movimento é preso, junto com outros dirigentes, acusados da morte de quatro líderes Ogoni. A Amnistia Internacional considera Saro-Wiwa, defensor da não-violência, um “prisioneiro de consciência”. Entretanto, o território Ogoni era devastado pelo exército nigeriano. Os militares fazem detenções em massa, saqueiam e queimam aldeias.
Um tribunal militar condena Saro-Wiwa por homicídio.
Governos e organizações de todo o mundo acusam o tribunal de fraude, apelam à libertação do líder e ecologista e tentam levar a Shell a intervir. Sem êxito.
A 10 de Novembro, Saro-Wiwa e os oito dirigentes do movimento são enforcados.
Ken Saro-Wiwa foi um escritor, poeta e produtor de televisão na Nigéria.
Quando assumiu funções de presidente do Movimento para a Sobrevivência do Povo Ogoni (MOSOP), uma das etnias que vivem no delta no rio Níger, Wiwa lutou pela defesa dos direitos dos 550 mil habitantes da região.
Um projecto de extracção de petróleo da Shell, implantado no país em 1958, destruiu os meios de sobrevivência deste povo indígena.
Saro-Wiwa juntou 300 mil pessoas numa marcha de protesto, exigindo à Shell o pagamento de indemnizações e a reparação dos danos ambientais causados. No ano seguinte, o líder do movimento é preso, junto com outros dirigentes, acusados da morte de quatro líderes Ogoni. A Amnistia Internacional considera Saro-Wiwa, defensor da não-violência, um “prisioneiro de consciência”. Entretanto, o território Ogoni era devastado pelo exército nigeriano. Os militares fazem detenções em massa, saqueiam e queimam aldeias.
Um tribunal militar condena Saro-Wiwa por homicídio.
Governos e organizações de todo o mundo acusam o tribunal de fraude, apelam à libertação do líder e ecologista e tentam levar a Shell a intervir. Sem êxito.
A 10 de Novembro, Saro-Wiwa e os oito dirigentes do movimento são enforcados.
Subscrever:
Mensagens (Atom)