sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Cantar faz bem


Scene 0.1.2 - The Secret Legacy.
Originally uploaded by OboFili.
Um artigo no Journal of Behavioral Medicine entitulado “Good health going for a song” de 20 de Janeiro de 2004 declarava:

Cantar fortalece o sistema imunitário de acordo com uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Frankfurt, Alemanha.
Os cientistas analisaram o sangue das pessoas que cantavam no coro profissional da cidade, antes e 60 minutos depois do ensaio do Requiem de Mozart. Os cientistas descobriram que as concentrações de imunoglobina A – proteínas que no sistema imunitário funcionam como anticorpos – e hidrocortisona, hormona anti-stress aumentaram significativamente durante o ensaio.

Uma semana depois, quando foi pedido aos membros do coro para ouvirem uma gravação do Requiem sem cantar, foi descoberto que a composição do sangue não tinha sido alterada significativamente.

Os cientistas, de entre os quais se encontrava Hans Guenther Bastian do Instituto de Educação Musical da Universidade de Frankfurt, concluíram que cantar fortalece não só o sistema imunitário mas melhora também, consideravelmente a disposição do praticante.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Todas as cartas de amor são ridículas


valentine pebble
Originally uploaded by omnia.





No domingo, quando fui votar na minha escola antiga deparei-me com este poema que o partilho contigo o qual considerei adequado a esta época.











Todas as cartas de amor são ridículas


Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

Álvaro de Campos, 21 de Outubro de 1935

sábado, fevereiro 10, 2007

Os nosso desejos


Nature's Special Effects
Originally uploaded by Walkabout Wolf.
"Os nossos desejos são como crianças pequenas: quanto mais lhes cedemos, mais exigentes se tornam."

(Provérbio Chinês)

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

A revolta


O Sol
Originally uploaded by Amendoas.
"A revolta é um instinto poderoso e indispensável à sobrevivência dos humanos, mas eles ainda não compreenderam o seu papel: onde, quando, como e contra quem se revoltar. Antes de se revoltar contra os outros – o que, muitas vezes, de nada serve –, o verdadeiro discípulo aprende a revoltar-se contra si próprio, contra todas as más entidades que deixou instalarem-se nele sob a forma de fraquezas e que o minam, o corroem. Então, em consequência disso, tudo muda.

Vós direis: «Mas, se eu não me revolto contra as pessoas que abusam, elas continuarão.» Na realidade, para elas mudarem de comportamento não é preciso combatê-las: elas mudarão quando sentirem que vós mudastes, que vos tornastes mais sensatos, mais inteligentes, mais radiosos, porque, finalmente, conseguistes atrair a vós entidades luminosas. É, pois, pela revolta contra vós próprios que ides vencer os outros, ou melhor, transformá-los."

Omraam Mikhaël Aïvanhov

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Palavras


Messy?
Originally uploaded by isolano.
"- A gente quando fala não pensa nas palavras - dizia -, mas depois tornamos a dizer as mesmas palavras muitas vezes, muitas vezes, e já não são nada, é como que uma fala de doido.
- Sim.
- A gente diz por exemplo: «Esta cidade é bonita.» E depois repete: «Esta, esta, esta, esta» assim muitas vezes. E no fim já não é nada, é só som. Mesmo que se repita a frase toda. Primeiro a gente fica com uma ideia na cabeça. Depois já não há nada.
Eu olhava-o: sim. As palavras são pedras, Carolino; o que nelas vive é o espírito que por elas passa."

FERREIRA, Vergílio - Aparição - Bertrand Editora, Lisboa, 2000

domingo, janeiro 28, 2007

Todas as palavras têm uma história

Todas as palavras têm uma história. À quinze mil anos atrás usava-se a palavra ratha. O significado comum da palavra ratha era coche. Mas porque é o coche se chamava ratha? Existia uma cocheiro e de forma a fazer o coche mover, ele faria o som ra… ra… ra… Após ouvir este som os cavalos começariam a correr imediatamente e, quando ele fazia o som tha… tha, os cavalos paravam. Portanto como o coche era controlado com os sons ra e tha, o coche tornou-se conhecido como ratha.

Anandamurti, Shrii Shrii; Discourses on Krs'n'a and the Giita

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Águas passadas


Windmill
Originally uploaded by ifido.
“À uns tempos fui comer um iogurte e, quando o fui abrir tinha lá o provérbio que está aí em baixo. Eu já conhecia este provérbio à muito tempo, mas nunca me tinha apercebido do seu verdadeiro significado…


“Águas passadas não movem moinhos.”

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Eram o próprio azeite


azeite_oliva
Originally uploaded by rogeriomatos.
"É difícil explicar-te. Ainda ontem estive no lagar de azeite. Os lagareiros tinham os fatos ensebados de óleo negro. E as mãos. E a cara. Tinham a cor do azeite velho e rançoso. Eram o próprio azeite. E eu achei-os extraordinários. Digo-te isto por muitas razões."

FERREIRA, Vergílio - Aparição - Bertrand Editora, Lisboa, 2000

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Sabias que...


Temple Girls
Originally uploaded by dave_shutterbug.
... em pelo menos um estado dos EUA se os pais fizerem o tratamento de uma doença grave dos seus filhos numa clínica de tratamento natural, podem ser presos?

domingo, janeiro 14, 2007

Sabias que...


Suture drill
Originally uploaded by Michael Mozzarella.
...nos EUA e na Inglaterra se um médico aconselhar um paciente a deixar de comer de carne, esse médico pode perder a sua licença?

sexta-feira, janeiro 12, 2007

O curso


Rice University
Originally uploaded by j-a-x.
"- Ouça, Alberto: o curso não me entretinha senão mais três anos. E, de resto, eu não quero entreter-me...
- Decerto - concordei. - Mas o curso não era para entreter, era para lhe firmar uma... uma consciência. Sem dúvida, num curso pouco se aprende. Mas dá-nos pontos de referência, talvez nos dê uma certa forma de responsabilidade."

FERREIRA, Vergílio - Aparição - Bertrand Editora, Lisboa, 2000

terça-feira, janeiro 09, 2007

Nataraj


nataraj
Originally uploaded by whaishiki.
A representação de Shiva dançarino é designada por Nataraj, o qual realiza a dança Anandatandava que significa a dança da bem-aventurança.
A palavra Nataraj significa o Rei dos Dançarinos, que se decompõe em nata que significa dança e raja que significa Rei.

Esta representação da riqueza e diversidade cultural indiana foi desenvolvida na Índia por artistas do século IX e X durante o período Chola que resultou em belíssimas esculturas feitas em bronze.

Nataraj é uma alegoria da manifestação dos cincos princípios da energia eterna – criação, destruição, preservação, salvação e a ilusão.

As figuras de Nataraj apresentam-se com quatro braços, os quais representam as quatro pontos cardeais, simbolizando assim, a omnipresença de Shiva.

O círculo exterior ornamentado com chamas representam o Universo, com todas as suas ilusões, sofrimento e dor e, o círculo interior simboliza a água dos oceanos.

O seu cabelo está repartido nos seguintes elementos:
Quarto crescente – mantém viva a deusa nocturna do amor, Kama
Caveira – representa a conquista sobre a morte
Rio – que aflui no seu cabelo, é o rio Ganges que corria no Paraíso. Quando este rio foi necessário na Terra, a deusa Ganga temeu que a sua chegada fosse demasiado forte para a Terra e sendo assim, Shiva concordou que iria quebrar esta força poderosa apanhado a Deusa no seu cabelo, no seu caminho para os Himalaias.

As suas mãos têm também um significado particular que é o seguinte:
Mão superior direita - O tambor significa o som da criação,
Mão inferior direita - O gesto (Abhaya mudra) significa “Não tenhas medo”, pois àqueles que seguem o caminho de Dharma, é concedida protecção contra as forças negativas e a ignorância
Mão superior esquerda - A chama(Agni) representa a destruição
Mão inferior esquerda - O gesto na direcção do pé direito simboliza a elevação e a salvação

A personagem por baixo dos pés de Shiva é o corpo do anão Apasmara Purusha, o anão da ignorância, que simboliza a inércia dos seres humanos, a ignorância que tem de ser ultrapassada, a qual Shiva derrota, com o pé direito, possibilitando o nascimento do conhecimento. O pé esquerdo é a garantia da bem-aventurança eterna.

Commerswamy, afirma que a dança representa as cinco actividades de Shiva:
Shrishti – criação, evolução (mão direita superior)
Sthiti – preservação (mão direita inferior)
Samhara – destruição (mão esquerda superior)
Tirobhava – ilusão (o anão)
Anugraha – liberação (a mão direita inferior e o pé esquerdo)

Por fim, a serpente em torno da sua cintura representa o kundalinii

Uma metáfora científica
Fritzof Capra em Tão of Physics relaciona a dança de Nataraj com a física moderna. Capra afirma que “cada partícula sub atómica, executa não só uma dança energética, mas é também essa própria dança, um processo de criação e destruição constante, sem fim. Para os físicos modernos, a dança de Shiva é a dança da matéria sub atómica, tal como na mitologia Hindu é uma dança contínua da criação e destruição envolvendo todo o Cosmos, a base de toda a existência e dos fenómenos naturais.

A fonte de todo o movimento,
A dança de Shiva,
Dá ritmo ao universo.
Ele dança em locais malévolos,
Nos sagrados
Ele cria a preserva
Destrói e cria.

Nós somos parte desta dança
Deste ritmo eterno
E avisa-nos, se cegos
Pelas ilusões
Nos desapegarmos
Do cosmos dançante
Desta harmonia universal…

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaRuth Peel

A lenda
Numa densa floresta no Sul da Índia, viviam inúmeros sábios heréticos. Estes provocaram Shiva, o qual estava acompanhado por Visnhu que estava disfarçada, para se revelar diante deles. No inicio houve uma disputa violenta entre os sábios, mas a sua fúria depressa se direccionou para Shiva querendo os sábios destruí-lo através de vários encantamentos. Um tigre feroz surgiu no fogo sacrificatório que se dirigiu rapidamente para ele, sorrindo, Shiva afastou-o e, com a unha do seu pequeno dedo, retirou-lhe a pele e envolveu-a à sua volta como um tecido de seda. Não movidos pela sua infrutífera acção, os sábios refizeram as suas ofertas e produziram uma serpente monstruosa tendo Shiva agarrado-a e colocado à sua volta como uma guirlanda. Após isto, Shiva começou a dançar mas, um último monstro na forma de um anão maligno correu para Shiva. Sobre este anão, Shiva com o seu pé, partiu a sua coluna de forma a este se contorcer no chão de dor, obrigando o seu último inimigo a prostrar-se perante si. Desta forma, Shiva, continou a sua dança.

Bibliografia

www.about.com

www.lotussculpture.com

terça-feira, dezembro 26, 2006