Yoga em busca mesmo de quê? (Parte II)
Para além das asanas, as quais por vezes tenho alguma dificuldade em as chamar assim pois torna-se complicado distingui-las de outros exercícios físicos, surge o yoga como panaceia para o stress da sociedade ocidental para proporcionar tranquilidade, aliviar o stress e reduzir a ansiedade.
A verdade é que funciona, a pessoa pára, respira (que é crucial para que as técnicas funcionem), a prática é adaptada de forma a não ser fisicamente tão exigente e no fim a pessoa adormece na (verdadeiramente difícil) postura shavasana.
Mas o yoga é isto? Por exemplo, não seria mais útil adoptar um estilo de vida menos stressante, em vez de estar constantemente a oscilar entre stress, relaxamento, stress e relaxamento?
Um minuto são 0.06% do teu dia. Se dedicares esse tempo tão reduzido a relembrar um momento com significado do teu dia... Como serão os teu dias?
domingo, maio 23, 2010
domingo, maio 16, 2010
Retroreflexões sobre Yoga I
Yoga em busca mesmo de quê? (Parte I)
Tenho a ideia de já ter lido em diversos sítios que a difusão do yoga no ocidente está relacionada com a procura que os ocidentais fazem de forma a se encontrarem consigo próprios, de descobrir a espiritualidade ou simplesmente encontrar um rumo para a vida que vá para além da filosofia materialista tão premente no hemisfério norte.
Na verdade, tenho a percepção que a difusão do yoga está bem afastada daquilo que é a sua proposta (o encontro do ser) e que, a sua enorme difusão prende-se com o facto de ser mais uma forma de satisfazer a obsessão pela imagem corporal tão premente no ocidente, até porque a prática mais difundida é a física, as asanas que acabam por serem conhecidas como yoga.
As asanas são uma forma extraordinária de satisfazer as necessidades do mercado ocidental, por diferentes razões: são maravilhosamente belas, as pessoas sentem o corpo quando estão nas posturas, tonificam os músculos e são progressivas, isto é, a prática começa com posturas simples (adaptado portanto a pessoas sedentárias) e, à medida que a prática destas vai sendo melhorada, parte-se para a execução das posturas mais exigentes, ou seja, há um caminho que já está delineado, dando assim um sentimento de segurança que faz com que o praticante acabe por ter incentivo ao sentir o progresso na sua prática.
Mas o yoga é só isto? De facto será isto o yoga? Qual será então a diferença entre asanas e os exercícios de ginásio e fitness?
Tenho a ideia de já ter lido em diversos sítios que a difusão do yoga no ocidente está relacionada com a procura que os ocidentais fazem de forma a se encontrarem consigo próprios, de descobrir a espiritualidade ou simplesmente encontrar um rumo para a vida que vá para além da filosofia materialista tão premente no hemisfério norte.
Na verdade, tenho a percepção que a difusão do yoga está bem afastada daquilo que é a sua proposta (o encontro do ser) e que, a sua enorme difusão prende-se com o facto de ser mais uma forma de satisfazer a obsessão pela imagem corporal tão premente no ocidente, até porque a prática mais difundida é a física, as asanas que acabam por serem conhecidas como yoga.
As asanas são uma forma extraordinária de satisfazer as necessidades do mercado ocidental, por diferentes razões: são maravilhosamente belas, as pessoas sentem o corpo quando estão nas posturas, tonificam os músculos e são progressivas, isto é, a prática começa com posturas simples (adaptado portanto a pessoas sedentárias) e, à medida que a prática destas vai sendo melhorada, parte-se para a execução das posturas mais exigentes, ou seja, há um caminho que já está delineado, dando assim um sentimento de segurança que faz com que o praticante acabe por ter incentivo ao sentir o progresso na sua prática.
Mas o yoga é só isto? De facto será isto o yoga? Qual será então a diferença entre asanas e os exercícios de ginásio e fitness?
domingo, maio 09, 2010
Falta comida no prato
Quando o preço do combustível aumenta, as preocupações limitam-se aos transportes quer seja através do depósito do carro, ou do passe social, só que as implicações do preço do combustível influem nas vidas das pessoas de uma forma muito mais alargada do que o nosso transporte.
Pode-se em boa verdade, dizer que o petróleo foi o motor das sociedades desenvolvidas e continua a ter esse papel como se vê claramente no artigo da wikipédia.
Petroleum is vital to many industries, and is of importance to the maintenance of industrial civilization itself, and thus is a critical concern for many nations. (1)
O petróleo está presente no tubo da pasta de dentes, no saco do supermercado, no plástico do telemóvel, no cartão Multibanco, na garrafa de água, no champô, nos assentos dos automóveis, nos pesticidas dos alimentos. Contudo, o baixo preço a que o petróleo tem sido transaccionado ao longo das últimas décadas, é o que tem possibilitado, asfixiar a agricultura nacional e é por isso, que hoje, é mais barato, comer em Portugal uvas que foram colhidas no Chile, espinafres que voam da Nova Zelândia, bananas que voam do Equador, arroz que voa da Tailândia.
Mas, se o preço do petróleo não baixar vamos comer o quê?
(1) - http://en.wikipedia.org/wiki/Petroleum_industry
Pode-se em boa verdade, dizer que o petróleo foi o motor das sociedades desenvolvidas e continua a ter esse papel como se vê claramente no artigo da wikipédia.
Petroleum is vital to many industries, and is of importance to the maintenance of industrial civilization itself, and thus is a critical concern for many nations. (1)
O petróleo está presente no tubo da pasta de dentes, no saco do supermercado, no plástico do telemóvel, no cartão Multibanco, na garrafa de água, no champô, nos assentos dos automóveis, nos pesticidas dos alimentos. Contudo, o baixo preço a que o petróleo tem sido transaccionado ao longo das últimas décadas, é o que tem possibilitado, asfixiar a agricultura nacional e é por isso, que hoje, é mais barato, comer em Portugal uvas que foram colhidas no Chile, espinafres que voam da Nova Zelândia, bananas que voam do Equador, arroz que voa da Tailândia.
Mas, se o preço do petróleo não baixar vamos comer o quê?
(1) - http://en.wikipedia.org/wiki/Petroleum_industry
segunda-feira, maio 03, 2010
Trilhando um caminho em Yoga
A primeira pedra no caminho do yoga é moksa, um desejo sincero pela liberação.
Depois de desperto este desejo, começa o trabalho, o qual por simplicidade, pode ser feito a partir do que os antepassados deixaram como legado para as gerações vindouras ao invés de criar confusões novas.
Se pegarmos nos Yoga Sutras de Patanjali, no verso 2.29, o primeiro componente do yoga é Yama que poderá ser traduzido como autocontrole. O próprio Yama é composto por cinco componentes sendo o primeiro, Ahimsa. Desta forma, Ahimsa será então o primeiro degrau do caminho do Yoga.
O que Patanjali nos diz sobre Ahimsa, que pode ser traduzido como não violência, é apenas que este é o primeiro passo, e assim, tudo o mais que se diz sobre Ahimsa deriva de interpretações de pessoas com grande capacidade argumentativa ou óptimos escritores cujos textos, na verdade até podem ser úteis para ajudar a acolher Ahimsa.no caminho.
Ahimsa aplicado de forma permanente na vida do caminhante, deriva de uma capacidade de reflexão, implementação e consciência extraordinária que é única e customizada para cada caminhante..
Depois de desperto este desejo, começa o trabalho, o qual por simplicidade, pode ser feito a partir do que os antepassados deixaram como legado para as gerações vindouras ao invés de criar confusões novas.
Se pegarmos nos Yoga Sutras de Patanjali, no verso 2.29, o primeiro componente do yoga é Yama que poderá ser traduzido como autocontrole. O próprio Yama é composto por cinco componentes sendo o primeiro, Ahimsa. Desta forma, Ahimsa será então o primeiro degrau do caminho do Yoga.
O que Patanjali nos diz sobre Ahimsa, que pode ser traduzido como não violência, é apenas que este é o primeiro passo, e assim, tudo o mais que se diz sobre Ahimsa deriva de interpretações de pessoas com grande capacidade argumentativa ou óptimos escritores cujos textos, na verdade até podem ser úteis para ajudar a acolher Ahimsa.no caminho.
Ahimsa aplicado de forma permanente na vida do caminhante, deriva de uma capacidade de reflexão, implementação e consciência extraordinária que é única e customizada para cada caminhante..
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